quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Polícia prende suspeitos de estuprar promotora na Bahia.

 Foram presos na madrugada desta quarta-feira quatro pessoas suspeitas de estarem envolvidas no sequestro-relâmpago de uma promotora baiana e de uma juíza na última quinta-feira. 

 Ao apresentar nesta tarde à imprensa dois dos presos, o Secretario de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, lamentou o que chamou de "banalização da violência" que levaria jovens como os acusados a cometer crimes graves para obter dinheiro, usado na compra de drogas, tênis e outros objetos de consumo. 

 É o que teria motivado Bruno Sousa dos Santos, 21 anos, e sua companheira Taís Barbosa da Silva, 19, e dois menores (um de 15 e outro de 16 anos, também detidos) a realizar o sequestro-relâmpago das duas autoridades na semana passada.

 Com o bando, a polícia encontrou um revólver calibre 38, cartões de crédito, celulares e outros pertences das vítimas. Bruno e os dois menores, além de praticaram o sequestro e o roubo, estupraram a promotora. Taís foi presa por receptação dos objetos roubados. Eles não reagiram à prisão e confessaram o crime. 


 A juíza e a promotora foram rendidas pelos dois menores quando estacionavam o carro na Rua Amazonas, bairro da Pituba, orla de Salvador, na noite de quinta-feira passada. A dupla obrigou as duas a seguirem até onde se encontrava Bruno, que assumiu o comando do sequestro. 

 Rodaram por Salvador e realizaram saques com os cartões de crédito das vítimas. Depois, resolveram soltar a juíza e levaram a promotora até uma casa na periferia de Salvador onde ela foi estuprada, sendo liberada pelo bando na manhã da sexta.

Os suspeitos foram presos por equipes do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil do Estado da Bahia (COE) e encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para serem interrogados.

A promotora de justiça, que é de uma comarca do interior do estado, foi agredida fisicamente e estuprada, após ser vítima de um sequestro-relâmpago, na noite da última quinta-feira, em companhia de uma juíza. A magistrada, de acordo com informações da Polícia Civil, é de outro estado.

A polícia identificou e localizou os integrantes da quadrilha monitorando os celulares das vítimas que passaram a ser usados pelos criminosos.

- As pistas deixadas e as evidências conseguidas pela nossa equipe fizeram com que elucidássemos esse crime de forma rápida, assim como outros casos que não chamam tanta atenção da opinião pública - disse o secretário.

Ele lamentou a banalização da "prática criminosa", disse que a sociedade precisa "repensar" os valores humanos ou do contrário as autoridades de segurança e o Estado brasileiro não teriam como conter essa escalada da violência.


Do: Pernambuco.com.



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