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A fortaleza de Itamaracá terá as pedras de cantaria e a sede recuperadas. Foto: Marcelo Soares/DP/D.A Press/Arquivo. |
Dois dos principais fortes pernambucanos, os de Pau Amarelo, em Paulista, e Orange, em Itamaracá, vão passar por obras de requalificação. Na antiga unidade militar de Paulista, do século 18, parcela dos investimentos será para melhoria do telhado, enquanto a fortaleza de Itamaracá terá as pedras de cantaria e a sede recuperadas. O Orange data do século 17. Os recursos para recuperação dos monumentos e do entorno do Forte de Pau Amarelo estão orçados em mais de R$ 24,3 milhões.
O montante para o Forte Orange está, segundo o secretário estadual de Turismo, Alberto Feitosa, assegurado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O orçamento previsto é de R$ 10 milhões, incluídos no programa de empréstimo ao governo do estado. Para a liberação, detalhou Feitosa, o BID exige o projeto de viabilidade econômica e o plano de gestão do monumento, que estão sendo elaborados e devem ficar prontos em novembro deste ano.
“Para recuperação da muralha, teremos um projeto do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)”, esclareceu o secretário de Turismo. O Forte Orange foi tombado em 1938. Em 1971, escavações arqueológicas identificaram os espaços da cozinha, da capela, dos quartéis e dos paióis, além de munições e canhões de vários calibres e objetos de uso pessoal. Por sua importância história e arquitetônica, considerou Feitosa, o Orange é um monumento capaz de se autossustentar como exige o Banco Interamericano.
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No caso do Forte de Pau Amarelo, o projeto de recuperação ainda está sendo elaborado pelo Iphan. Foto: Júlio Jacobina/DP/D.A Press. |
No caso do Forte de Pau Amarelo, o projeto de recuperação ainda está sendo elaborado pelo Iphan. Mas os trabalhos para requalificar a fortaleza já começaram. A Prefeitura de Paulista retirou, no mês passado, oito barracas que comprometiam a visão do monumento. E iniciou os serviços para conter o avanço do mar no trecho de dois quilômetros da orla, entre as ruas Nossa Senhora Aparecida, em Pau Amarelo, e Malta, no limite com o bairro de Nossa Senhora do Ó. Por fim, o projeto prevê um calçadão de 80 metros em frente ao forte e a relocalização das barracas.
Dos dois quilômetros de serviços de contenção, 200 metros foram feitos. A tecnologia usada em Paulista, explicou o secretário municipal de Meio Ambiente, Fábio Barros, é a Bagwall. É a mesma empregada em praias alagoanas de Japaratinga, Maceió, Barra de Santo Antônio e Marechal Deodoro e na cearense Icaraí, no município de Caucaia. Em Japaratinga, são dez anos sem necessidade de manutenção. O Bagwall emprega bolsas de concreto para criar uma barreira artificial em formato de arquibancada. Com a barreira, as ondas são bloqueados e chegam à praia com menos força.
O bloqueio das ondas é necessário devido ao espaço que hoje separa o mar do forte. São apenas 16 metros. As obras para conter o avanço do mar, em Pau Amarelo, estão orçadas em R$ 14,3 milhões, recursos oriundos do governo federal, e a previsão é que sejam concluídas em janeiro de 2014. O ordenamento do comércio ambulante deve ser terminado sete meses depois.
Do: Pernambuco.com.