Douglas Rufino teria matado Suely Moutinho porque
a enfermeira denunciou um estupro cometido por um parente
dele.
O suspeito de assassinar a enfermeira Suely Moutinho Silva Dourado em setembro de 2013, em Itapissuma, município da Região Metropolitana do Recife, foi preso nesta terça-feira (9). Douglas Rufino Miazel Martins, de 31 anos, vai responder pelo crime de homicídio qualificado. A vítima tinha cerca de 60 anos.
O delegado responsável pelo caso, Eduardo Machado, da Delegacia de Itapissuma, explicou que o acusado disse que estava sendo ameaçado de morte pelo irmão de Suely, que é sargento da Polícia Militar (PM). Segundo Douglas, as ameaças começaram após a troca de um portão com Suely. Ela, posteriormente, teria pedido o objeto de volta, mas Douglas Rufino já teria repassado o portão.
O delegado disse também que o suspeito relatou que estava passando em frente a casa de Suely e ela novamente fez ameaças, dizendo que o irmão iria matá-lo. Então, Douglas atirou na senhora duas vezes, sendo um dos tiros nas costas, quando ela tentou correr.
"Nos exames feitos no local, ela estava sentada numa cadeira no terraço e são dois tiros de frente, um no ombro e outro no peito, o que caracteriza execução", informou Eduardo Machado. O delegado explicou que antes do assassinato de Suely, um tio da esposa de Douglas, Rinaldo da Silva, conhecido como Pretinho, havia estuprado uma mulher com deficiência mental e a enfermeira denunciou o caso. A morte de Suely aconteceu uma semana depois da denúncia.
"Tenho convicção que isso foi uma queima de arquivo", disse o delegado Eduardo Machado. A mulher estuprada pelo parente de Douglas teve um filho, fruto da violência. "Vou puxar esses autos e solicitar que a Justiça peça exame de DNA da filha da vítima de estupro para fazer a comparação com Rinaldo", explicou Eduardo machado.
"Os casos podem ser conectados, e não um homicídio em legítima defesa, por isso foi preciso a prisão preventiva de Douglas", concluiu o delegado.
Do: JC Online.