Durante o sepultamento da pequena Damaris Vitória, no Cemitério de Itapissuma, os familiares da gestante Eliete dos Santos Silva, 34 anos, denunciam mais uma vez a negligência médica no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no Recife, que teria resultado na morte da bebê nesta madrugada.
Os parentes alegaram que a paciente chegou à unidade de saúde - transferida de um hospital de Itapissuma -, às 21h do domingo (24), com fortes dores e pressão alta, mas só foi atendida por volta às 2h40 da madrugada desta segunda. Ao fazer o parto, os médicos encontraram a bebê sem vida.
De acordo com os familiares, a mãe da bebê estava sentindo fortes contrações. A ultrassonografia previa parto para o dia 24 ou 25 deste mês, a criança já estava com nove meses e cinco dias.
Acompanhada pela irmã, a gestante chegou no Imip e ficou em uma sala de espera por mais de cinco horas, até que uma médica desceu para atender outras duas pacientes que, cansadas pela demora no atendimento, deixaram o hospital e a levou para sala de parto.
Ao retirar o bebê sem vida, os médicos teriam dito que a criança morreu por ter defecado e inalado as fezes dentro da barriga da mãe.
A mulher continua internada na unidade de saúde. O sepultamento de Damaris Vitória aconteceu nesta tarde no Cemitério de Itapissuma, na Região Metropolitana Norte do Recife.
Nesta manhã, pacientes do hospital também se queixaram de longas filas e dificuldades na marcação de consultas. Alguns alegam ter chegado ao local na madrugada para conseguir uma ficha de atendimento, sem sucesso.
A assessoria de comunicação do IMIP informou que está apurando a denúncia e irá se pronunciar assim que tiver mais detalhes sobre o caso.
Do: Pernambuco.com.