quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Artistas de fora escolhem Pernambuco para gravar videoclipes.

  As belezas do estado pesam na escolha da terrinha como cenário para as produções.


 (Reprodução/YouTube )

  Comum em novelas, o recurso de gravar imagens longe do habitat natural dos personagens da trama foi parar nos videoclipes. Por aqui, o brega foi um dos últimos a excursionar fora. “É uma maneira de legitimar a produção”, pontuou o professor e pesquisador Fernando Fontanella. Diríamos mais. 

 Com uma concorrência de 100 horas de vídeo postadas, por minuto, no YouTube, mostrar o “diferente” ou o “naturalmente bonito” virou questão de sobrevivência na indústria musical. Pernambuco saiu ganhando. Enquanto os pratas da casa saíam, aos poucos, em busca de novas locações, a terrinha virou palco das mais variadas produções.

  O cantor Marcelo D2 se aproveitou do nosso carnaval para gravar Está chegando a hora (abre-alas), lançado em junho. O vídeo tem imagens da folia do Recife, Olinda e Bezerros e, segundo a diretora da produção, Gandja Monteiro, é uma homenagem à cultura brasileira. 

   “Retratamos um outro Brasil, um outro carnaval (não aquele que é exportado para o exterior), com personagens que estão presente na cultura mas nem sempre sob os holofotes”, escreveu. As câmeras passam pela casa do Mestre Salu (Olinda), ateliê de J.Borges (Bezerros) e Galo da Madrugada, com Alceu Valença, Luis Melodia e até Dominguinhos.

   Sem personalidades ilustres, a piauiense Stefhany Absoluta, do Crossfox amarelo, investiu alto (cerca de R$ 50 mil, segundo a mãe e empresária, Nete França) em Menino sexy (2011). Boa parte do clipe foi produzida no Forte Orange, em Itamaracá, além do Cais José Estelita e Boa Viagem. “A beleza do local pesou. Queríamos algo mais natural e original, sem falar na energia positiva da cidade”, conta Nete. Vinte anos antes, a italiana Deborah Blando já havia pisado (e deitado) nas areias da praia do estado. Ela gravou Decadence avec elegance enquanto fazia shows pelo Nordeste.

    No sertanejo, simplicidade não vende. São as superproduções a marca de um estilo tão em alta na web. Só no ano passado, dos dez vídeos mais vistos no YouTube, no país, quatro eram de astros do gênero. O problema é que os roteiros se repetem, sempre com mulheres, bebidas, carros e baladas. A dupla paulista Alex e Ronaldo cansou. Só um pouco. Repetiu os fatores, mas mudou o cenário. 

    Filmou A gatinha e a cerveja em um hotel de luxo em Itapissuma, no Litoral Norte. “Como é um estilo mais saturado e repetitivo, buscamos uma paisagem diferenciada”, justificou o diretor Jozart. Algo parecido fez a Forró Safado que, após obter os direitos autorais de Vó, tô estourado, saiu da Bahia, com Léo Santana a tiracolo, para a Marina Gavôa, em Igarassu.

   Em contrapartida, foi a busca pela simplicidade que levou o paulista Marcelo Jeneci a Sairé, município com menos de 15 mil habitantes, no Agreste. Na verdade, prazos curtos e baixo orçamento empurraram o cantor à terra dos avós paternos, onde passava as férias na infância. Os familiares são os protagonistas do clipe Felicidade. Jeneci teve tanta sorte que, nos dois dias de filmagens, choveu e fez sol, contraponto perfeito para a letra: “Chorar, sorrir também e depois dançar / Na chuva quando a chuva vem / Melhor viver, meu bem / Pois há um lugar em que o sol brilha pra você”. Quase que em agradecimento, ele fez um documentário, homônimo à canção.



Está chegando a hora (abre-alas) 
Marcelo D2
Ano: 2013 
Visualizações: 501 mil
Locações: Olinda, Bezerros 
e Recife
Com uma câmera nervosa, o internauta pode até sentir a energia do carnaval. O excesso de cores torna a fotografia da produção interessante visualmente.


Menino sexy  
Stefhany Absoluta
Ano: 2011
Visualizações: 1,8 milhão
Locações: Itamaracá, Cais José Estelita e Boa Viagem
Stefhany vendeu o clipe como “algo nunca feito até então”. Pode até ser. Mas os problemas de roteiro dificultam o entendimento entre o que é história e o que é atualidade.


Decadence avec elegance 
Deborah Blando
Ano: 1991
Visualizações: 174 mil
Locações: Boa Viagem e Olinda
Deborah é só empolgação. Corre, pula, se joga na areia da praia e até dança com outros músicos. Vale o registro, em sépia, da estrangeira com o “exótico” Nordeste.


A gatinha e a cerveja 
Alex e Ronaldo
Ano: 2012
Visualizações: 17,8 mil
Locações: Itapissuma
Só o fato de sair dos 
repetitivos ambientes 
fechados já torna a produção melhor visualmente. No mais, é a a tal suposta fórmula de sucesso do sertanejo: mulher, carros, bebidas… 


Vô, tô estourado
Forró Safado 
Ano: 2012
Visualizações: 1,6 milhão
Locações: Igarassu
Além de um céu bem azul, 
a banda pegou carona no 
bem-sucedido Léo Santana (Parangolé). Mas, com uma história “padrão sertanejo”, o vídeo não inova, a não ser pelo cenário.



Felicidade
Marcelo Jeneci
Ano: 2011
Visualizações: 2,1 milhões
Locações: Sairé
Felicidade passa verdade. Produzido a partir de histórias reais dos moradores da cidadezinha, no Agreste pernambucano, simplicidade e fotografia tornam o clipe quase um filme.  

Do: Pernambuco.com.

Lixo: um nó se apertando de todos os lados.




Serviços coletivos


De 0 a 1 (15 metrópoles avaliadas)
Avaliação RMR: 0,363
Média nacional: 0,739
Ranking (15 avaliadas): 13° lugar
Classificação: De ruim a péssimo
















Com o que se gasta todos os meses na gestão dos resíduos sólidos do Recife, seria possível comprar toda a frota de caminhões compactadores de lixo que atende à cidade - atualmente 110 veículos. São R$ 25 milhões, um dos maiores custos entre as capitais brasileiras. A informação é do doutor em Desenvolvimento Urbano Regional do Instituto de Tecnologia de Pernambuco, Bertrand Sampaio. "Cerca de 80% do que hoje é considerado 'lixo' poderia ser aproveitado para reciclagem ou compostagem, o que significaria uma economia imensa para os municípios. A coleta seletiva, por exemplo, é feita por 8 ou 10 cooperativas, que, de forma autônoma, recolhem os resíduos das ruas", alerta.
Mas o problema que envolve a gestão do lixo nas cidades não se restringe às deficiências de coleta e destinação. A falta de educação da população é um dos grandes agravos da questão. É o caso de trechos como a Travessa Ayrton Senna, no bairro de Roque Santeiro, em Itamaracá, sempre com lixo amontoado. A situação fica ainda mais crítica quando chove forte e a água do canal transborda a ponto de invadir as casas. "É horrível. Nem deixamos as crianças brincar no chão porque sempre aparecem ratos e baratas. E a culpa é dos moradores", reconhece a dona de casa Isabela Pereira, 23, garantindo ainda que a coleta é feita todos os dias, em horário fixo, mas duas horas depois os canteiros voltam a ficar cheios de lixo. "Não dá para se sentir bem. A área deixa a cidade mal vista e o turista acaba não vindo por aqui", opina.
Os moradores "culpados" só não têm ainda mais responsabilidade nessa conta porque, segundo estudos do Observatório das Metrópoles, que concebeu o Índice de bem-estar urbano (Ibeu), a ilha é o município metropolitano pior avaliado no quesito "serviços coletivos": 0,320, numa escala de 0 a 1, uma realidade "ruim ou péssima", em especial quando comparada ao índice médio nacional, de 0,739.
Se os índices ainda não são de conhecimento dos gestores públicos dos municípios da Região Metropolitana do Recife, as cifras gastas com o manejo e destino dos resíduos sólidos certamente o são. Muitos deles estão compilados nos Planos Metropolitano e Estadual Resíduos Sólidos. Ainda assim, quatro cidades da RMR ainda fazem uso de lixões e as demais sobrecarregam os dois únicos aterros sanitários da região, localizados em Jaboatão dos Guararapes e Igarassu, soluções que envolvem custos altos e são ambientalmente pouco eficientes, já que não é feito reaproveitamento dos resíduos. O plano para melhorar a gestão de resíduos sólidos da RMR envolve inaugurar, ainda nesta década, um terceiro Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) em São Lourenço da Mata. Já com relação à coleta, de responsabilidade municipal, ainda não existem planos curto prazo.




Plano é sanear 90% do Recife em 12 anos


Além do lixo, o indicador "Serviços coletivos" do Ibeu inclui fornecimento de energia elétrica, universalizado na RMR, abastecimento de água (amplo, apesar do racionamento que ainda atinge diversos municípios) e, claro, esgotamento sanitário. E este é outro quesito que faz o Recife despencar no cenário nacional. Atualmente, apenas 28,83% da área da cidade são cobertas pelo serviço de esgoto da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Um plano ousado pretende elevar essa condição a 90% em apenas 12 anos. É o programa Cidade Saneada, que prevê um aporte de R$ 3,5 bilhões da iniciativa privada e R$ 1 bilhão do poder público para trabalhar o centro urbano do Grande Recife. "Não poderíamos depender apenas dos governos estadual e federal. Não há como concentrar tanto recurso numa só área. A parceria público-privada proposta pela Compesa foi a forma de contornar o problema, que não é exclusividade de nossa região e tem o mesmo motivo: o crescimento das cidades sem o devido acompanhamento de investimento em estrutura básica", justifica o Diretor de Novos Negócios da Compesa, Ricardo Barreto. As empresas que investirem no projeto têm como contrapartida financeira a exploração do negócio do tratamento de esgoto pelo prazo de 35 anos.
Para se concretizar, o programa, iniciado em julho, precisa se apoiar na ação conjunta dos municípios. Isso porque os serviços só serão implantados em vias com a mínima estrutura urbana, o que não é o caso de muitas áreas, uma realidade pra lá de comum até em cidades de médio e grande porte. "É normal. De vez em quando aparece um rato, mas já acostumei", conta Betânia Félix de Oliveira, 32, enquanto observa alguns dos nove filhos correndo em frente ao barraco, descalços, na terra mesma onde corre a céu aberto uma grande quantidade de esgoto a céu aberto. Moradora de uma comunidade ao lado do Canal do Arruda, no Recife, sem renda ou educação, ela desconhece esse "mínimo" definido como condição básica para que o local, um dia, seja saneada. "Uma casa seria bom para criar os meninos. O resto a gente se vira", resume.

Do: Pernambuco.com.

CIPOMA realiza apreensões em itapissuma.


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ARMAS eram usadas em assaltos na BR-101


Operação da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) no dia 30 resultou na apreensão de diversas armas encontradas às margens da BR – 101, nas proximidades de um engenho na localidade conhecida como Vila Botafogo, Zona Rural do município de Itapissuma, na RMR.

Criminosos que praticavam assaltos na região faziam o uso de pedras para bloquearem a via e as armas usadas nas ações ficavam escondidas em uma mata próxima à estrada, sendo recuperadas pelos PMs durante uma fiscalização de rotina.

As buscas resultaram na apreensão de um revólver calibre 38; uma espingarda 32 e mais uma do calibre 12; que segundo informações pertenceriam a uma quadrilha chefiada por um menor de 15 anos.

Todo o armamento foi entregue à Delegacia de Polícia Civil de Itapissuma, que ficará responsável pelas investigações para a captura dos acusados. De acordo com o comandante da unidade, major GILDO TOMÉ, outras operações para combater os crimes ambientais já estão programadas, concorrendo assim para a diminuição dos crimes violentos contra a vida (CVLI) e o patrimônio (CVP).

ANIMAIS – Já no dia 26, a companhia em outra ação policial conseguiu a devolução espontânea de 31 aves silvestres de raças como galo de campina, sabiá, azulão, papa-capim, entre outras, que estavam em poder de um morador de Barra de Santana, comunidade localizada em Vitória de Santo Antão. O mesmo não foi autuado por ter sido a apreensão efetuada durante uma ação educativa, sendo orientado para evitar tal prática tipificada como crime segundo o Código Penal.

Da: PM PE.