sábado, 16 de março de 2013

Pare, siga e mãos ao alto em Goiana.



  Construção de ponte na Mata Norte deixa motoristas

 vulneráveis em engarrafamentos. Assaltos assustam quem

 usa a BR-101.


João Carvalho

jcarvalho2112@gmail.com

 / Alexandre Gondim/JC Imagem

Alexandre Gondim/JC Imagem

   As obras de construção da nova ponte sobre o Rio Capibaribe Mirim, no trecho que corta a BR-101, em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, deixaram de provocar apenas grandes engarrafamentos. A violência virou a grande vilã da região. Bandidos, com armas em punho, aproveitam os congestionamentos causados pelo sistema “pare e siga” e atacam motoristas. 

  Há cerca de um mês, as Polícias Civil e Militar resolveram reforçar as investigações e buscas para tentar capturar acusados de uma série de crimes. As obras, de responsabilidade do Exército, estão atrasadas e acabam facilitando a ação dos ladrões.

  Iniciados em 2006, os serviços deveriam ter sido entregues, conforme a previsão inicial, em 2009. Entretanto, a chuva que atingiu a região, há dois anos, acabou destruindo a ponte em Goiana. Com a construção da nova estrutura e alargamento da antiga, muitas vezes os veículos ficam até uma hora parados. Um verdadeiro convite às quadrilhas. No trecho do “pare e siga”, os veículos esperam dez minutos para que os carros do sentido oposto possam passar.

  Moradores da cidade já estão acostumados com histórias de assaltos.“São constantes. Muita gente reclama”, disse Severino Leandro, que mora próximo às margens da rodovia. Outros têm medo de falar, mas contam algumas experiências. “Há uma semana, houve um arrastão. Pelo menos quatro carros foram roubados”, disse o funcionário de uma fábrica da área, que preferiu não ser identificado. Alguns fatores estão facilitando a ação dos bandidos, de acordo com a Polícia Civil.

 O crescimento do canavial às margens da BR é um deles. A vegetação acaba sendo usada como esconderijo para os grupos de assaltantes. “Com isso, fica mais fácil a ação dos bandidos”, atesta o delegado de Goiana, Diego Pinheiro. “Estamos reforçando nossas ações, mas pedimos que os motoristas tenham atenção redobrada”, alertou.

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Construção de ponte na Mata Norte deixa motoristas vulneráveis em engarrafamentos
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  A polícia abriu dois inquéritos para investigar casos de assaltos na região. Mas afirmou que o número de investidas pode ser maior do que o registrado até o momento. Algumas vítimas não procuram a delegacia para prestar queixa, o que poderia ajudar a polícia.

   O comércio local também sofre. Funcionários de um restaurante na entrada da cidade reclamam da queda no movimento. “Depois que as obras foram intensificadas nesse trecho, ninguém quer parar mais aqui”, disseram.

  O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Vladimir Gomes, responsável pelo policiamento em Goiana, também confirmou a onda de assaltos. Assim como a Polícia Civil, a PM resolveu aumentar o número de buscas em alguns locais apontados como esconderijos para alguns assaltantes.

Do: NE 10.

Medo de represália faz profissionais de saúde não denunciarem violência contra crianças.


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86% dos profissionais já suspeitaram de violência física, sexual, psicológica e negligência, mas somente 36,4% deles notificaram o caso.
Foto: Internet

  Passados mais de 20 anos da instituição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Brasil ainda não cumpre integralmente a determinação para que profissionais de saúde notifiquem casos suspeitos ou confirmados de violência contra crianças e adolescentes.
  Estudos científicos de universidades brasileiras a que a Agência Brasil teve acesso apontam que, em média, seis em cada dez profissionais que identificam violações durante atendimento se omitem e não encaminham a denúncia aos órgãos competentes, contrariando o que está previsto na lei. Para quem atende no Sistema Único de Saúde (SUS), a obrigatoriedade foi reforçada por portaria do Ministério da Saúde, publicada em março de 2001.

  Dados da pesquisa feita pelo odontólogo João Luís da Silva, do Programa de Pós-Graduação Integrado em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), indicam que 86% dos profissionais entrevistados já suspeitaram de violência física, sexual, psicológica e negligência, mas somente 36,4% deles notificaram o caso.

  O principal motivo para a omissão foi o medo de retaliação por parte dos agressores (32%), já que, segundo o pesquisador, a falta de sigilo possibilita a identificação do profissional notificador.

 Para fazer o estudo, que resultou na dissertação de mestrado Entre as Amarras do Medo e o Dever Sociossanitário: notificação da violência contra crianças e adolescentes sob a perspectiva de rede na atenção primária, defendida no ano passado, Silva entrevistou 107 dos 120 profissionais de saúde de nível superior, atuantes na estratégia Saúde da Família em Olinda (PE).

 Na avaliação de João Luís da Silva, que é especialista em saúde pública, o ideal é que a notificação seja encaminhada não apenas pelo profissional de saúde, mas por uma comissão intersetorial de modo a dificultar ou impedir a identificação do responsável pela denúncia.

 “A alternativa é fazer com que a saúde não trabalhe sozinha, mas intersetorialmente, em uma ação integrada com profissionais de educação, de assistência social e do próprio conselho tutelar. Desse modo, lançaríamos mão de diversos olhares e o profissional da saúde ficaria mais confiante”, disse.

 Em dissertação de mestrado apresentada ao Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a psicóloga Elisa Meireles também ressalta o medo de represálias e a falta de resguardo nas unidades de saúde como fatores apresentados pelos profissionais para justificar o descumprimento da obrigação legal de notificar os casos.

 O trabalho, baseado na investigação em duas unidades básicas de Saúde na região metropolitana de São Paulo, foi publicado, em 2011, na revista científica Saúde e Sociedade.

 “Houve casos que, ao justificar a omissão, os profissionais argumentaram que nem o conselho tutelar consegue ter acesso à família agressora”, comentou a pesquisadora. Ela  ressaltou que trechos de depoimentos coletados durante a pesquisa, concluída em 2007, comprovam o sentimento de ameaça, velada ou não, por parte dos profissionais.

 É o caso de uma agente de saúde entrevista pela psicóloga. “A gente também não pode dizer: 'guarda civil! vem cá! a mulher tá matando a criança!' A gente não pode fazer isso, porque depois pode sobrar para a gente, porque a gente está todo dia lá”, disse a agente, segundo a publicação.

“Aqui tem muita gente violenta, a gente fica com muito medo de o pessoal vir e se vingar da gente (...) essa parte também tem que ter muito cuidado, às vezes não é só denunciar, tem que denunciar, claro, mas tem que ser denúncia anônima”, disse uma enfermeira, também segundo o estudo.

 A coordenadora do grupo de pesquisa sobre violência da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Cléa Adas Saliba Garbin, acredita que a situação não tenha sofrido alterações significativas desde que a pesquisa de Elisa Meireles foi concluída.

A professora iniciou no mês passado a segunda fase de um estudo para investigar os motivos que levam os profissionais de saúde a não notificar os casos de violência. Cléa Garbin também quer dimensionar o impacto do medo de represálias no número de notificações.

“Ainda não temos números, mas, durante as visitas a campo, ouvimos diversos relatos de técnicos e auxiliares de enfermagem, dentistas e agentes comunitários que demonstram medo real de represália por parte da família, do agressor ou da comunidade”, destacou.

Segundo dados preliminares, antecipados à Agência Brasil, 43% dos profissionais da estratégia saúde da família entrevistados disseram já ter suspeitado de casos de violência contra crianças e adolescentes. Entre eles, 61% não tomaram nenhuma atitude diante da suspeita, nem mesmo a notificação obrigatória. Além disso, mais da metade (59,2%) negou conhecer a existência de normas relativas à notificação. Até agora, foram ouvidos 135 profissionais de saúde em um município de grande porte no estado de São Paulo.

“Para a saúde pública é um problema grave, porque a omissão em comunicar os casos atendidos leva a um conhecimento precário da dimensão da violência no Brasil e do seu perfil epidemiológico. Isso compromete a implementação de políticas públicas eficazes e bem direcionadas”, disse ela, que vai analisar, pelo menos, 40 municípios de São Paulo nos próximos dois anos.

 Segundo o ECA, são crianças os cidadãos que têm até 12 anos incompletos. Aqueles com idade entre 12 e 18 anos são adolescentes.

 De acordo com a coordenadora de Vigilância e Prevenção de Violências e Acidentes do Ministério da Saúde, Marta Silva, a notificação de violências é uma prioridade na agenda da pasta, que tem investido na capacitação e sensibilização dos profissionais sobre a importância desse registro.  

 Ela enfatizou que, como resultado dessas medidas, o número de notificações de violência contra crianças e adolescentes com até 19 anos, por profissionais de saúde, mais que triplicou em três anos, passando de 18.570, em 2009, para 67.097, em 2012. Considerando todos os casos de violência, o número de notificações quadruplicou, ao subir de 40 mil para 163 mil no mesmo período.

 

 A coordenadoraNo fim do ano passado, ainda segundo Marta Silva, o ministério repassou R$ 31 milhões a 857 entes federados – estados e municípios - para serem utilizados em ações de prevenção de violências, como capacitação de profissionais, qualificação de serviços de atendimento e produção de materiais educativos. do Ministério da Saúde acrescentou que a pasta deve lançar, no segundo semestre deste ano, uma estratégia intersetorial para integrar os dados relativos ao atendimento a vítimas de violência em todo o país. 

 Por meio de uma ficha de notificação padronizada, serão encaminhadas ao ministério informações produzidas por todos os órgãos considerados portas de entrada para mulheres, idosos, crianças e adolescentes que tenham sofrido agressões e abusos. Os números serão consolidados pela pasta.
Do: NE 10.

Coleta de lixo é reforçada em Igarassu.




 
A População de Igarassu já pode ficar despreocupada em relação à coleta de lixo na cidade. A Prefeitura Municipal, em ação emergencial, contratou a Empresa Vialim para reiniciar a limpeza urbana e garantir o ordenamento na cidade. 

  A ação teve início na madrugada desta sexta-feira (15) e será reforçada todos os dias em bairros alternados, iniciando sempre às 7 h e finalizando às 23h. 

 O Secretário de Serviços Públicos, Sérgio Farias, informou que o prazo estipulado para normalizar a situação é de até oito dias e estão integradas na ação máquinas que dão suporte ao operacional estão na rua trabalhando, sete caminhões compactadores além de dois veículos tipo caçambas e duas carrocerias na coleta de portação.

 "Agora vamos começar a limpar a cidade do jeito da gente. Com compromisso, faremos campanhas educativas e pedimos a participação da população colocando o lixo armazenado para fora de suas casas em sacolas, isso facilitará a coleta a realizar um trabalho digno.", destacou Farias.

Da: Prefeitura.



Projeto Na Estrada: Sabores de Pernambuco esquenta cena gourmet da Mata Norte do estado.

Prato de Biba abusa do mel de engenho e da cachaça para saborizar o camurim, que chega à mesa com farofa crocante (Ricardo Fernandes/DP/D.A Press)
 Prato de Biba abusa do mel de engenho e da cachaça para saboriar o camurim, que chega à mesa com farofa crocante.


















 Começaram nesta quinta-feira (14), as atividades do projeto Na Estrada - Sabores de Pernambuco, promovido pelo Senac-PE, Sebrae-PE e a revista Prazeres da Mesa, que pretende difundir as potencialidades do turismo da Mata Norte pernambucana, através da gastronomia, tendo em vista os investimentos que vêm sendo realizados na região no segmento industrial. Diga-se a instalação da Fiat, com inauguração prevista para 2014. 


 A iniciativa, que segue até o dia 20/04, conta além do Festival Gastronômico da Mata Norte, com a Feira de Gastronomia Regional, nos dias 15 e 16/03, que abrigará produtores rurais em torno da mostra de ingredientes típicos como a mandioca e o queijo coalho. Bem como outros elementos, que integram preparos do naipe de um baião de dois mergulhado no litoral pernambucano, feito por César Santos, chef e consultor do projeto.

 “Nossa intenção é desbravar a região, fazer um mapeamento dos insumos desses locais (Itapissuma, Goiana, Igarassu, Abreu e Lima e Paulista), capacitar profissionais da área, mostrando as possibilidades desses ingredientes, tão utilizados na culinária pernambucana como um todo”, comenta César. 

 Além dele, Biba Fernandes (Chiwake), Leandro Ricardo e Eudes Assis — um dos mais renomados chefs em termos de preparações com frutos do mar —, integram o time de gourmets convidados, que dividem espaço com a equipe de capacitadores do Senac-PE. 

 Durante a Feira, serão apresentadas além das possibilidades dos elementos da região, técnicas da cozinha contemporânea, conceitos acerca do design e finalização de pratos e conhecimentos sobre serviços de vinhos, cafés, garçom e gestão de negócios. 

 A entrada para participar dos eventos é franca. 

Ampliado

 O Projeto Na Estrada – Sabores de Pernambuco já passou pelo Agreste (Caruaru, Gravatá e Bezerros) e Sertão (Triunfo, Salgueiro e Serra Talhada). A previsão é de que até julho deste ano, aconteça também no Litoral Sul (Tamandaré), Agreste Meridional (Garanhuns) e Sertão do São Francisco (Petrolina).

Confira a lista dos restaurantes da Mata Norte que integram o projeto: 

Abreu e Lima: Dona Zizi, Restaurante Catarinense, Pan Lanches, Restaurante e Pizzaria Mezzo a Mezzo.

Goiana: Buraco da Gia, Ki Sabor, Restaurante do Zito.

Igarassu: Caminho da Ilha, Camp Fertile Padaria Gourmet, Natrielli, Restaurante Sertão. 

Itapissuma: Caldinho e Caldeirada da Lidiane. 

Paulista: Alcaparra Restaurante, Hotel Amoaras, Lá em Casa, Mezzo a Mezzo Self Service e Restaurante Bella Apetite.


Do: Pernambuco.com.

Proteção para a pesca artesanal.


Bebê se engasga em Igarassu e é salvo com orientações dos bombeiros por telefone.


 Um menino de apenas 10 dias que estava engasgado foi salvo, na manhã deste sábado (16), depois de a tia da criança receber orientações de uma soldado do Corpo de Bombeiros (CB) por telefone. Os dois estavam em casa, em Cruz de Rebouças, em Igarassu, no Grande Recife.

 O procedimento repassado à mulher, identificada como Wilma, é conhecido como tapotagem e consiste em colocar a criança deitada nos braços, com o rosto voltado para o chão e a cabeça mais baixa que os pés, e depois, com a mão fechada, massagear as costas do bebê.

 De acordo com o Corpo de Bombeiros, o atendimento foi rápido e o recém-nascido passa bem. De acordo com os bombeiros, os pais devem entrar em contato com a corporação, através do telefone 193, caso o mesmo aconteça com os seus filhos.
Do: NE 10.