terça-feira, 10 de junho de 2014

Moradores de Paulista protestam na PE-15 e em frente à prefeitura.

  Grupo critica prefeitura por falta de documentos em projeto habitacional.

  Eles fecharam rodovia e seguiram para sede do governo municipal.


Manifestantes queimaram pneus em protesto na PE-15 (Foto: Adriano Artoni/Acervo Pessoal)Manifestantes queimaram pneus em protesto na PE-15 (Foto: Adriano Artoni/Acervo Pessoal)










  Um grupo de moradores de Paulista, Região Metropolitana do Recife, fechou um trecho da PE-15, com queima de pneus e objetos, durante a manhã desta terça-feira (10). Eles pedem abertura de diálogo com a prefeitura do município em relação às obras do projeto “Minha casa, minha vida”, do Governo Federal. Ainda pela manhã, a rodovia foi desbloqueada e os manifestantes seguiram para a sede da prefeitura.

  “Depois de oito anos, conquistamos 14 hectares para construir 832 moradias pela ‘Minha casa, minha vida’, mas a gente depende do governo municipal e estadual para dar autorização. O prazo é até junho e até agora não tivemos conversa”, critica o coordenador geral da Organização de Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLPP), Paulo André.

  De acordo com o movimento, faltam os documentos de Estudo de Impacto da Vizinhança (EIV) e o projeto de partido urbanístico, que traz os parâmetros urbanísticos que a prefeitura tem para construir qualquer imóvel na cidade. “Faz dois meses que temos cobrado da prefeitura e nada. Temos que entregar até o final deste mês ou perdemos os recursos que estão em Brasília”, afirma André.  Os manifestantes também pedem aumento no valor do auxílio moradia para R$ 250; a quantia recebida atualmente é de R$ 150.

  Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Paulista informou que uma comissão do OLMP foi recebida por dirigentes do município para discutir o pleito dos manifestantes. Sobre o terreno que foi mencionado pelo grupo, a administração municipal explica que houve uma chamada pública para adesão ao programa da Caixa Econômica e a OLMP é uma das instituições inseridas na iniciativa.

  De acordo com a prefeitura, cerca de 140 famílias já foram beneficiadas com apartamentos do Conjunto Residencial Bonaparte. Eles preveem que mais 192 unidades do mesmo habitacional serão entregues ainda neste ano. A gestão ainda informou que 700 famílias serão acomodadas no conjunto Nossa Prata, que fica em Maranguape II, na PE-22. Em relação ao reajuste do valor do auxílio moradia, a prefeitura aponta que não há condições de aumentar o valor fornecido por causa das determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe um controle nos gastos municipais.

Do: G1/PE.

Briga no Presídio de Igarassu deixa detento ferido

  Agressor estava com uma faca artesanal. Envolvidos foram 

levados para o DHPP.


  Um detento do Presídio de Igarassu, no Grande Recife, ficou ferido após se envolver em uma briga na tarde desta segunda-feira (9). José Orlando da Silva, 20 anos, tinha uma rixa com Severino Flávio Rodrigues da Silva, 29, e foi atacado por ele, que estava com uma faca artesanal. Outros dois detentos, que não tiveram a identidade revelada, participaram da confusão. José Orlando foi socorrido e encaminhado ao Hospital da Restauração (HR). Na unidade de saúde ele passou por cirurgia na região cervical, local do ferimento, e seu estado de saúde é estável.

  A Secretaria Executiva de Ressocialização do Estado (Seres) informou que a briga foi um caso isolado e que agentes penitenciários controlaram a situação rapidamente. Severino Flávio cumpria pena por assalto e José Orlando por tráfico de drogas.

  Os agressores foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro da Imbiribeira, Recife, mas apenas Severino foi autuado por tentativa de homicídio. De lá o suspeito seguiu para o Centro de Triagem (Cotel) de Abreu e Lima. Os outros dois detentos envolvidos na briga voltaram para o Presídio de Igarassu.

Do: JC Online.

Aeroclube de Pernambuco vai para Itamaracá.

  Estado cede área de 56 hectares para entidade, que ainda

espera indenização da Prefeitura do Recife.


Antiga área no Recife deu lugar à Via Mangue / Rodrigo Lôbo/JC Imagem

Antiga área no Recife deu lugar à Via Mangue

Rodrigo Lôbo/JC Imagem

  O governo estadual cedeu uma área de 56 hectares na Ilha de Itamaracá para a instalação do Aeroclube de Pernambuco – que perdeu a base no Recife, na área do Encanta Moça, no Pina, para a construção da Via Mangue. Por um lado, a ideia é levar movimento novo para a ilha, que sofreu um esvaziamento desde os anos 90. Por outro, a medida resolve uma das pendências geradas pela Via Mangue com o Aeroclube, que ainda cobra uma indenização de R$ 15 milhões da Prefeitura do Recife para usar na construção das novas instalações em Itamaracá.

  A ilha já foi referência no veraneio dos recifenses e na prática de esportes náuticos. Mas ao longo das últimas décadas viu suas 16 mil casas ficarem na maior vazias. “O Estado anunciou muitos projetos para a ilha. Mas nenhum saiu”, reclama o prefeito de Itamaracá, Paulo Batista, do PTB, oposição ao PSB, do governo estadual.

  O principal projeto era desativar os presídios de Itamaracá, como anunciado em março de 2006 pelo então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB). No governo Eduardo Campos, foi concebida e licitada uma concessão para um novo complexo prisional em Itaquitinga, para 3.126 detentos, que desativaria os presídios da ilha. O grupo à frente do projeto quebrou a 15% de concluir a obra, um nó jurídico que se arrasta há 2 anos. 

  “A ilha já tem mais de 4 mil presos, o que supera em 30% a capacidade de Itaquitinga”, diz Gustavo Calheiros, presidente da Associação dos Hoteleiros de Itamaracá (Ahita).

  Em paralelo, em setembro de 2008 o governo elaborou um leilão de 2.500 hectares na ilha, para um projeto turístico internacional – de preferência um ecoresort. Mas a crise global e o reduzido apetite de investidores fizeram o governo suspender a ideia.

  Agora é a vez do Aeroclube. Para resolver a pendência da Via Mangue e gerar uma nova âncora turística na ilha, os 56 hectares estão no terreno idealizado para o ecoresort. Thiago Norões, procurador-Geral do Estado, enfatiza que a cessão é não exclusiva, ou seja, compatível com um futuro projeto hoteleiro. “Itaparica, na Bahia, tem essa integração”, afirma. “É importante ressaltar, a retirada dos presídios continua na pauta do governo”, reforça Norões.

 Em Igarassu existe o Aeródromo Coroa do Avião, um aeroporto privado com foco no mercado executivo. Ele é diferente do Aeroclube, com perfil esportivo e de lazer.

   Segundo o presidente da entidade, Alfredo Bandeira, o importante é a Escola de Formação de Aeronautas, para pilotos de aviões privados, comerciais e de helicópteros. Os 50 alunos hoje recebem aulas teóricas em um espaço alugado na capital e a prática em uma área cedida pela Infraero no Aeroporto do Recife. “Não temos como construir a estrutura em Itamaracá sem a indenização da prefeitura”, afirma Bandeira. “Não queremos ouvir falar em empréstimo”, diz.

  A Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura do Recife informa que o terreno antigo do aeroclube foi cedido ao município por lei estadual, ano passado, e reconhece a indenização por benfeitorias (obras). Mas a liberação do dinheiro, diz, depende da liberação da escritura da área pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

  “Será ótimo ver o projeto saindo do papel. A movimentação vai ajudar nossos restaurantes, pousadas e hotéis”, afirma Gustavo Calheiros, da Ahita. “Espero que desta vez saia”, comenta o prefeito de Itamaracá.

Do: JC Online.