segunda-feira, 22 de abril de 2013

Conheça Rubinho, o bode que dá leite.

 Caprino com característica incomum ficou famoso na Ilha de Itamaracá.


Bode leiteiro  Rubinho Barrichelo e seu criador Joselito Duda da Silva. (Ed Wanderley/DP/D.A.Press )
Bode leiteiro Rubinho Barrichelo e seu criador Joselito Duda da Silva.

  Mais um passo numa caminhada pelo centro de Itamaracá e se ouve: “Ó lá, o homem do bode que dá leite”, sempre seguido de um “que mentira!”. Joselito Duda da Silva, 50, o “Seu Doda”, está acostumado.



  Há três meses, é alvo da língua ferina dos céticos, que, volta e meia, retornam ao Sítio Olho D’água, no bairro Roque Santeiro, levando consigo um outro morador do tipo “ver-pra-crer”. “É sempre a mesma coisa: ‘Vigi nossa Sinhora’ (sic) ou ‘meu Deus, é verdade’”, conta, sorrindo, o antigo “Doda das cabras”, hoje, “do bode”.

   Rubinho, o caprino de quatro anos, mestiço de boé com anglolubiano, causa polêmica desde sempre. Há quem diga o nome é uma “homenagem” ao prefeito do município. A razão oficial é a lembrança do ídolo Barrichelo. 



  Nas últimas semanas, o animal, que foi pai dezena de vezes, com sete cabras diferentes, apareceu com as glândulas mamárias inchadas. “Ele estava mais pesado, com as pernas meio abertas e um amigo disse ‘isso é leite’. Pois ele começou a puxar e saiu. Nem acreditei. Tiro pelo menos um copo por dia”, garante o dono.


   O animal foi examinado pelo doutor em medicina veterinária da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Fábio Mendonça, que atestou condições normais de consistência, tamanho e aspecto dos testículos e mamas do bode, o que indica que ele não é hermafrodita. “É certo que se trata de um distúrbio hormonal, com conversão de testosterona em estrógeno, ou de ordem cromossômica, podendo ser hereditário.


  Isso causa a ginecomastia (aumento das glândulas mamárias) e a galactorreia (produção de leite), mas, para isso, é necessário ter havido estímulo à área”, explica.

Do: Pernambuco.com.