A Hemobrás cumpriu, na semana passada, mais uma etapa para a plena operação do bloco B-01 de sua fábrica de hemoderivados, em Goiana-PE, a partir de julho. A câmara fria, que terá capacidade para armazenar um milhão de bolsas de plasma a ser utilizado na produção de medicamentos, teve sua qualificação térmica com carga concluída a -35°C. Isto significa que a distribuição de temperatura no local está completamente homogênea, ideal para o seu funcionamento. Em abril, o espaço já havia sido qualificado a -35°, porém sem carga. Desta vez, foram utilizadas 51 mil bolsas de soro fisiológico, cada uma com 250 ml, para simular a matéria-prima dos produtos da estatal.
Do ponto de vista da Gerência de Garantia da Qualidade (GGQ), este é o último passo para a câmara fria poder receber o plasma oriundo das doações de sangue nos hemocentros brasileiros. “Utilizamos o soro fisiológico pela semelhança com as bolsas de plasma, que não tínhamos nesta quantidade, e com isso pudemos avaliar o comportamento térmico durante todo o processo”, afirma a gerente de GGQ da Hemobrás, Bruna Arruda. Durante esta etapa, foram instalados sensores na câmara fria, que faziam a leitura da temperatura em períodos determinados e checavam as oscilações, que deviam permanecer dentro do intervalo válido dentro do processo, ou seja, entre -32°C e -37°C.
Desde janeiro, o bloco B-01, que possui 2,7 mil metros quadrados, vem passando pelas etapas de comissionamento (aplicação integrada de um conjunto de técnicas e procedimentos de engenharia para verificar, inspecionar e testar cada componente físico do prédio), qualificação – agora finalizada – e validação. Estas etapas devem ser concluídas ainda em junho, para que seja realizada a inspeção da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permitirá a estocagem do plasma já a partir do próximo mês de julho.