quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Operação em Igarassu, prende envolvidos no tráfico de droga e arma.

 Ação da Polícia Civil desarticulou grupos envolvidos em roubos e tráfico.

 São 18 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão.


  A Polícia Civil realizou  a operação Cosme e Damião para desarticular grupos envolvidos no tráfico de drogas e armas, associação para o tráfico e roubos na cidade de Igarassu, Região Metropolitana do Recife. A ação ocorreu nesta quarta (29) e foram cumpridos 17 dos 18 mandados de prisão temporária. Entre os detidos está uma mulher. Os suspeitos foram presos em Olinda, Igarassu, Abreu e Lima, no Grande Recife, e Goiana, na Zona da Mata Norte.
  A polícia acredita que eles faziam parte de uma quadrilha que agia principalmente na cidade de Igarassu. Ainda foram apreendidos R$ 4,3 mil, três armas, drogas e pássaros silvestres. Os suspeitos e o material apreendido foram levados para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, Zona Norte do Recife. A ação trabalhava com 17 mandados de busca e apreensão domiciliar, que foram expedidos pela juíza da Vara Criminal da Comarca de Igarassu.
  Os homens detidos foram levados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, e a mulher foi encaminhada para a Colônia Penal, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife.

  A Delegacia de Igarassu, responsável pela operação, contou o apoio com o Centro Integrado de Inteligência de Defesa Social e da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (Dintel).

Do: G1/PE.

Estudo aponta desafio com instalação de polo automotivo de Goiana.

  Previsão é de crescimento de R$ 2,1 bilhões na massa salarial, até 2020.

Diagnóstico analisou dez cidades que sofrem reflexos do polo.


Secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Stefanni [centro] apresentou diagnóstico (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Secretário de Desenvolvimento Econômico, Márcio Stefanni [centro] apresentou diagnóstico.
(Foto: Katherine Coutinho / G1)



A instalação do polo automotivo, com a fábrica da Fiat, em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, traz benefícios, mas também desafios para os próximos anos. A expectativa é de que a massa salarial, ou seja, a soma do que é gerado com pagamento de salários, cresça R$ 2,1 bilhões até 2020. O desafio é estar preparado para absorver localmente essa renda e também prover a infraestrutura necessária localmente com a previsão de crescimento populacional. O diagnóstico foi apresentado nesta terça-feira (28) pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Márcio Stefanni. Um estudo analisou e fez projeções para nove cidades, além de Goiana: Itapissuma e Igarassu, principais afetadas após a cidade-sede da fábrica; além de Abreu e LimaAraçoiabaCondadoItamaracáItambéItaquitinga e Paulista, mais afastadas.
A projeção prevê ainda que, com a instalação do polo automotivo, o Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco em 2020 seja 6,5% maior do que seria sem o polo. “A participação da indústria de transformação no PIB também vai crescer, chegando a pouco mais de 12% em 2020. O que existia de salário naquela região, que era de R$ 347 milhões, deve dar um salto para R$ 2,1 bilhões”, aponta o secretário. O total de investimentos previstos até 2018 pelo polo e também forncecedores é de R$ 9,6 bilhões.A tendência, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de que a população de Goiana, por exemplo, crescesse de 75,64 mil pessoas para 80,56 mil, até 2020. O estudo aponta que, devido à instalação do polo automotivo, a população provavelmente chegue a 88,56 mil, em 2020. Nas dez cidades, a previsão é de que a população cresça de 711,74 mil pessoas (2010) para 814,49 mil pessoas em 2020. Devem ser criados, até 2020, 47.528 vagas de emprego, direta e indiretamente.
Projeção demográfica com polo automotivo em Goiana
Cidade20102020
(tendência)
2020
(projeção com o polo*)
Goiana75,65 mil80,56 mil88,86 mil
Itapissuma23,77 mil27,08 mil30,44 mil
Igarassu102,02 mil119,45 mil130,6 mil
Total:201,43 mil227,09 mil249,9 mil
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Social
*Considerando migração decorrente da implantação do polo
 O crescimento populacional, acompanhado da projeção de crescimento da massa salarial e também do PIB estadual e arrecadação municipal, traz o desafio de onde investir para minimizar efeitos negativos, como o aumento da violência. “Também cabe aos municípios projetar. O efeito não é hoje, temos que pensar daqui a alguns anos, onde vai ser preciso ter escola, onde nós deveremos ter hospital ou qualificar melhor nossos postos de saúde”, destaca Stefanni.
O estudo mostra ainda um grande número de trabalhadores informais, especialmente nos três municípios influenciados diretamente pela implantação do polo, com 42,9% do total sem contribuir com a previdência social. Além disso, 54% da população dessas cidades, em 2010, ganhava até um salário mínimo.
Projeção de receitas com principais tributos (2013- 2020)
Local20132020
GoianaR$ 60,57 milhõesR$ 119,45 milhões
IgarassuR$ 84,38 milhõesR$ 144,21 milhões
ItapissumaR$ 44,81 milhõesR$ 126,77 milhões
PermambucoR$ 9.122,14 milhõesR$ 9.562,66 milhões
Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Social
 No atual quadro, os municípios apresentam uma grande dependência dos recursos repassados pelos governos federal e estadual. Com as fábricas em pleno funcionamento, a expectativa é de que os municípios passem a arrecadar mais - sendo essa uma fonte que prefeitos podem contar para projetar as obras e adequações necessárias.
“Embora estejam melhorando, 85% das receitas de Igarassu, Goiana eItapissuma vêm de transferências intragovernamentais, há uma dependência muito grande desses municípios. Mas [a arrecadação] do ISS em Goiana vem crescendo e isso pode ser usado para atender novas demandas do fluxo migratório que nós teremos”, avalia o secretário.
Além do desafio da estrutura, há o desafio do empreendedorismo. “Temos que transformar PIB em renda, esse salário vai estar circulando na economia, é preciso que creches, escolas, salões de belezas e shoppings se instalem ali e criem o círculo 'virtuoso'. É um desafio aos pernambucanos que nos preparemos para capturar essa renda em Pernambuco. Se ele ganha o salário aqui e gasta em São Paulo, os benefícios ficam em São Paulo. Nós temos que criar uma rede aqui para atender”, finaliza Stefanni.
Do: G1/PE.

Sem emprego ou ajuda do governo, moradores do DF lutam para bancar custos.

  No Distrito Federal, família inteiras ainda vivem sem trabalho fixo ou ajuda de bolsas assistenciais, conseguindo dinheiro no lixão ou com bicos.

Janide os filhos e a neta não recebem Bolsa Família e vivem do que catam para vender (Bruno Peres/CB/D.A Press)
Janide os filhos e a neta não recebem Bolsa Família e vivem do que catam para vender
  A queda das desigualdades sociais no Brasil ainda não foi suficiente para que todos os moradores do Distrito Federal tenham renda suficiente para bancar os custos de vida e um lugar digno para morar. A pernambucana Janide Josefa da Silva, 44 anos, deixou o município de Itamaracá, 45 quilômetros distante da capital Recife, quando o ex-marido se mudou para Brasília para ser professor em uma escolinha de futebol, em 2003.

  Após um período na capital, o marido a abandonou e Janide encontrou abrigo em São Sebastião, mas a falta de dinheiro para custear o aluguel a forçou a procurar outro lugar para viver. Mãe de três filhos, Janide havia deixado as crianças com parentes até que encontrasse uma casa. Desempregada e sem o apoio de familiares, achou abrigo na Estrutural, uma invasão que na época não tinha asfalto, rede elétrica nem abastecimento de água.

  Janide, que estudou apenas até a 3ª série do Ensino Fundamental, não conseguiu uma vaga no mercado de trabalho e foi obrigada a se juntar a milhares de pessoas que se sustentam como catadoras no Lixão da Estrutural. Assim que conseguiu economizar R$ 300, comprou passagens de ônibus para os filhos que passaram a ajudá-la na coleta de latas e garrafas plásticas. Após 11 anos no DF, pouca coisa mudou na vida da nordestina.

   Ainda desempregada, sem uma casa própria e dependente do lixão para tirar o sustento, ela pensa em voltar para Pernambuco. “Aqui tudo é caro. A vida no Nordeste é simples, mas lá eu tenho uma casa. Nem o Bolsa Família eu consegui receber. Já me cadastrei, mas nunca deu certo”, lamenta. Uma das poucas alegrias que tem é a neta Karina, de 5 anos, filha do primogênito José da Silva Santos, 25. A criança ainda não estuda porque os pais não conseguem vaga nas escolas da região. 

Do: Correio Brasiliense.

Polícia Federal inicia investigação da morte de peixe-boi na Ilha da Crôa, em Alagoas.


 Animal teria sido executado com um tiro na cabeça dentro de uma unidade de conservação.


Foto: Divulgação
Animal passará por necropsia na sede do Projeto Peixe-boi, em Itamaracá, onde há estrutura apropriada para detectar a causa da morte
Animal passará por necropsia na sede do Projeto Peixe-boi, em Itamaracá, onde há estrutura apropriada para detectar a causa da morte
 A morte de um animal ameaçado de extinção e protegido por lei federal repercute desde terça-feira (28) entre os protetores do meio-ambiente em Alagoas.
  Um peixe-boi com aproximadamente 2,20 metros e com 230 quilos foi encontrado morto às margens do Rio Santo Antônio, na Ilha da Crôa, pertencente ao município de Barra de Santo Antônio, no litoral norte do Estado.
 “O crime foi cometido dentro de uma unidade de conservação federal, o que torna o crime ainda mais grave. A pena para quem mata um animal protegido vai de multa a prisão, e nesse caso a punição será dobrada”, afirma o pesquisador Pitágoras Viana.
   Ao que tudo indica, o peixe-boi foi executado com um disparo de arma de fogo na cabeça, mas o animal passará por necropsia na sede do Projeto Peixe-boi/ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), em Itamaracá, Pernambuco, onde a equipe possui estrutura apropriada para detectar a causa da morte.
  Pitágoras informou que agentes da Polícia Federal estiveram no local onde o animal foi encontrado para iniciar as investigações do crime.
  “A perícia foi feita pelos policiais federais e a partir de agora as investigações são de responsabilidade dos agentes. A equipe de monitoramento do projeto vai encaminhar o resultado da necropsia para a PF e também toda informação passada pela população”, explicou.
O pesquisador lamenta a crueldade com a qual ainda lida na sua rotina de trabalho.
   “Talvez esse peixe-boi seja o Fontinho. Ele foi resgatado no litoral do Ceará em 2009 e ficou conosco em Porto de Pedras até 2012, depois de passar por um período de reabilitação em cativeiro. Depois ele passou por mais um período de readaptação em ambiente natural, sendo monitorado por telemetria. Quando a equipe chegou à conclusão de que ele estava bem adaptado e que havia definido o estuário do Rio Santo Antônio como seu sítio de fidelidade, ele finalmente ficou livre, sendo monitorado por ocorrências”.
Projeto de preservação do peixe-boi existe há 20 anos
    O Projeto Peixe-Boi Marinho, desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), órgão ligado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), devolveu Astro e Lua ao seu ambiente natural em 12 de outubro de 1994.
   Os bichos foram lançados na praia de Paripueira, Litoral Norte de Maceió, e dali começou a história de luta pela preservação da espécie ameaçada de extinção no Brasil.
   O Programa de Manejo para a conservação dos Peixes-Boi realizou em 20 anos a soltura de 41 animais na natureza, entre os estados de Alagoas e Paraíba. Desses, 28 foram soltos no litoral de Alagoas, sendo 26 em Porto de Pedras, principal área de soltura do país.
 O projeto tem superado muitas outras iniciativas similares existentes no mundo e recolonizando áreas ocupadas no passado por esses mamíferos aquáticos.
   Estima-se que existam apenas 500 indivíduos na natureza. Em comparação a outros animais ameaçados de extinção no país, como a jaguatirica, por exemplo, é estimada a existência de 40 mil desses bichos, que habitam o Cerrado, a Amazônia, o Pantanal e a Mata Atlântica.
   Por ser um mamífero aquático de hábitos costeiros e comportamento extremamente dócil, a espécie é considerada criticamente ameaçada de extinção. O maior risco para a vida desses animais, como se constata nos registros de casos como da morte do animal encontrado na terça na Ilha da Crôa, é a proximidade com o ser humano, seu maior predador.
   Após a criação do ICM-Bio, o número de reintroduções teve um aumento considerável. Entre 2008 e 2014, 26 animais foram devolvidos para o seu ambiente natural em nove translocações.
Caça no período colonial dizimou populações inteiras da espécie
  No período colonial, a caça intensa do peixe-boi dizimou populações inteiras da espécie. O mamífero foi extinto nos estados do Espírito Santo, Bahia e Sergipe.
  Registros históricos relatam que caravelas chegavam a sair do Brasil com um estoque de 500 indivíduos numa única embarcação. A carne do peixe-boi era muito apreciada e usada tanto para a alimentação da tripulação no percurso, como vendida como iguaria nos mercados europeus.
  A carne poderia ser conservada no próprio óleo do peixe-boi e durava de seis meses a um ano, o que era mais um atrativo, já que naquela época não havia refrigeração.
  Nos dias de hoje, a principal ameaça à espécie é a degradação do habitat natural para a instalação de fazendas de camarão e salinas, que prejudicam a conservação da espécie.
  Apesar de todo o trabalho de conscientização para a preservação da espécie, ainda existe a caça predatória do animal.
  Dos 41 animais reintroduzidos pelo Projeto Peixe-Boi em Alagoas, seis morreram, sendo que dois por não terem se adaptado à dieta, dois por pesca predatória e outros dois por ingestão de lixo e contaminação das águas.
  A perda do habitat natural é considerada a maior ameaça para o mamífero aquático, que é muito dependente do ambiente costeiro, estuarino, de manguezal, onde ele bebe água e se reproduz.
Tribuna Hoje.

Moradores de Itamaracá protestam contra má conservação de estrada.

Foto: Reprodução/ WhatsApp

  Moradores da Ilha de Itamaracá protestam na manhã desta quarta-feira contra as condições da Estrada de Forno Cal, que dá acesso ao Forte de Santa Cruz, conhecido como Forte Orange. Eles atearam fogo em pneus e bloquearam a rodovia. O trânsito está interrompido nos dois sentidos. O engarrafamento já chega a dois quilômetros nos dois sentidos. 


    De acordo com Adriana Maria, que perdeu dois primos em acidentes na estrada, a falta de conservação tem provocado acidentes constantemente. "O mato toma conta do acostamento e à noite a situação piora porque não há iluminação pública. Não dá pra continuar desse jeito", criticou. A estrada dá acesso ao Forte Orange, um dos principais pontos turísticos da ilha, bastante frequentado durante o período de verão. 

Do: DP.