quinta-feira, 28 de maio de 2015

Veterinários pedem à população para não interagir com peixes-bois encontrados no Cabanga.

Os dois foram reintroduzidos ao mar há cerca de dois meses, em Alagoas.

Animais estão no litoral pernambucano desde a semana passada. Foto: CMA/ICMBio/Divulgação

Veterinários do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) pedem à população para não interagir com os dois peixes-bois fêmeas de aproximadamente três anos e meio que estão na praia do Cabanga, na Zona Sul do Recife. Clara e Natália estão sendo monitorados pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA) desde a tarde deste sábado. 


Os dois animais foram encontrados encalhados e resgatados ainda filhotes na praia da Itamaracá, no Litoral Norte pernambucano. Eles foram reintroduzidos ao mar em Porto de Pedra, em Alagoas, após passar por um período cativeiro em ambiente natural. Não se sabe qual o destino dos animais, que têm chips e marcação por rádio transmissor, o que permite o acompanhamento da localização por GPS.

"Estamos fazendo uma campanha de educação ambiental. Eles são animais costeiros, não são de alto-mar. Queremos manter a segurança e acompanhar o trajeto deles. Pedimos para quem não forneçam comida, nem água", alerta o veterinário Augusto Boa Viagem, do CMA. Funcionários do órgão acompanham a travessia dos animais, que estão em águas pernambucanas desde a semana passada.

Do: Diário de Pernambuco.

Começa inscrição para pescadores do litoral pernambucano.

foto: da internet

A segunda etapa do cadastramento dos pescadores artesanais no programa Chapéu de Palha começou na segunda-feira (25,uma ação que vai beneficiar profissionais de 17 municípios do litoral pernambucano. Os pescadores irão receber um complemento da renda, além de cursos de qualificação profissional durante o período da proibição da pesca.

O cadastramento beneficia profissionais dos municípios de Abreu e Lima, Barreiros, Cabo de Santo Agostinho, Goiana, Igarassu, Ilha de Itamaracá, Ipojuca, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Lagoa de Itaenga, Olinda, Paulista, Recife, Rio Formoso, São José da Coroa Grande, Sirinhaém e Tamandaré.
Para fazer as inscrições, a Secretaria de Planejamento e Gestão, que coordena o programa, montou um ponto de cadastramento nas associações ou colônias de cada uma das cidades beneficiadas, onde os pescadores serão atendidos, entre as 8h e 17h, até o próximo dia 28.
O secretário de Planejamento e Gestão, Danilo Cabral, lembra que o Chapéu de Palha foi precursor do Bolsa Família no Brasil. “É um programa de distribuição de renda que garante a dignidade das pessoas que não podem exercer sua atividade laboral por um determinado período. Também dá acesso a novos conteúdos, que podem gerar mais inclusão e cidadania. Além disso, o Chapéu de Palha é um programa importante nesse período de retração da economia, porque dá direito à dignidade e à cidadania”, afirmou.Na colônia de pescadores Z1, em Brasília Teimosa, no Recife, os pescadores chegaram cedo. Perto das cinco horas da manhã, uma fila já era formada na sede da colônia. Joel Ferreira da Silva, 47 anos, foi um dos primeiros a chegar e estava satisfeito, porque conseguiu se matricular no curso de Noções de GPS. “O programa veio em muito boa hora. O dinheiro que recebemos com a bolsa é uma importante ajuda, mas eu dou muito valor aos cursos de capacitação. Vou fazer o curso de Noções Básicas de GPS. Eu, que pesco com barco em alto mar, preciso desse conhecimento”, observou Joel.
Para se cadastrar no Chapéu de Palha da Pesca, o pescador ou a pescadora deve ser maior de 18 anos. Vale ressaltar que os marisqueiros e marisqueiras também podem participar. No ato do cadastramento, é preciso ter mãos originais e cópias dos documentos de Identidade, CPF, comprovante de residência, carteira de trabalho, carteira do Ministério da Pesca, Registro Geral da Pesca ou protocolo que comprove a inscrição do pescador ou pescadora junto ao Ministério da Pesca, além do número do PIS ou do NIS (cartão do Bolsa Família ou Cartão Cidadão). Os beneficiários do Chapéu de Palha receberão quatro parcelas de até R$ 256,52 complementares ao valor recebido pelo programa Bolsa Família.
Do: Diário de Pernambuco.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Comitê aponta alta incidência de cesáreas no Grande Recife.

Dados são de pesquisa do Comitê Estadual de Estudos da Morte Materna.
Estudo aponta ainda aumento da mortalidade, apesar de não tipificar causas.


Maternidade do Hospital Tricentenário, em Olinda, foi a que realizou mais partos em 2014, segundo o CEEMM-PE (Foto: Divulgação / CEEMM-PE)Maternidade do Hospital Tricentenário, em Olinda, foi a que realizou mais partos em 2014, segundo o CEEMM-PE. Visita do comitê também flagrou situação precária na infraestrutura da unidade de saúde (Foto: Divulgação / CEEMM-PE)
A alta de incidência de cesarianas é um dos principais problemas apontados pela pesquisa do Comitê Estadual de Estudos da Morte Materna em Pernambuco (CEEMM-PE) – grupo formado por organizações não governamentais –, que foi apresentada em entrevista coletiva nesta quarta-feira (27), no Recife. De acordo com o levantamento, a média é de 54,5% cesarianas nos hospitais da 1ª Gerência Regional de Saúde (Geres). A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), atualizada em abril deste ano, é a realização de cesariana somente quando há razões médicas para cirurgia. Até então, a OMS recomendava que as cesáreas representassem entre 10% e 15% dos partos.
Partos nas dez maiores maternidades da 1ª Gerência Regional de Saúde de Pernambuco
HospitalNúmero
de partos
Partos por mês% de cesáreas
Tricentenário6.03959324,9
Imip5.79848343,2
Santa Lúcia
(conveniado SUS)
4.36436470,5
Barros Lima4.18434923,5
Memorial
Guararapes
3.91632662,5
Ávila (privado)3.73531192,1
Hospital João Murilo3.69730833,4
Agamenon
Magalhães
3.64230361,8
Previne (privado)3.54629585,9
Barão
de Lucena
3.51929347,4
Fonte: Comitê de Estudos de Mortalidade Materna de Pernambuco
Fazem parte da 1ª Geres os hospitais das cidades de Abreu e Lima, Araçoiaba, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Chã Grande, Chã de Alegria, Glória de Goitá, Fernando de Noronha, Igarassu, Ipojuca, Itamaracá, Itapissuma, Jaboatão dos Guararapes, Moreno, Olinda, Paulista, Pombos, Recife, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão.
Os resultados da pesquisa foram obtidos a partir de fiscalizações em dez maternidades no Grande Recife, entre públicas, privadas e semi-privadas (conveniadas com o Sistema Único de Saúde – SUS), realizadas em 2014 e no início de 2015, procurando identificar a situação dos leitos e verificar os casos de mortalidade de mães no estado. Na maternidade Santa Lúcia, no Recife, 70,5% dos 4.364 partos realizados em 2014 foram cesáreas -- veja os dados completos da 1ª Geres na tabela ao lado.
Especificamente em relação à mortalidade materna, o levantamento aponta que, no Recife, durante todo o ano de 2014, treze mulheres morreram durante ou após o parto. Só no primeiro trimestre de 2015, esse número já chega a 11 mulheres. Não foram apresentadas, no entanto, as causas precisas dessas mortes. Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que "os dados de mortalidade referentes aos anos de 2014 e 2015 ainda estão abertos, conforme os protocolos de investigação preconizados pelo Ministério da Saúde. Portanto, é prematuro falar sobre esses números já que todos os casos estão sendo investigados". Veja a íntegra da nota da Secretaria ao término da reportagem.
Estrutura precária
Durante a fiscalização, o comitê também encontrou problemas na situação das estruturas das maternidades, que muitas vezes são antigas e precárias, além não possuírem equipes adequadas e sofrerem com a superlotação. Nas maternidades Barros Lima, no Recife, e do Hospital do Tricentenário, em Olinda, foram identificados falta de água, de lençóis limpos e de berços para os bebês, por exemplo.

Há ainda relatos de violência obstétrica de vários tipos, como uso de medicamentos para apressar o trabalho de parto, mesmo sem a gestante querer; impedimento da presença de acompanhantes na hora do nascimento; imposição da posição do parto, sem consulta à parturiente; fazer sucessivos procedimentos na grávida sem explicar quais são e seus porquês; uso de linguagem grosseira e intimidadora na sala de parto, durante o trabalho.
Situação é crítica em alguns dos ambientes da maternidade Barros Lima (Foto: Divulgação / CEEMM-PE)
Situação é crítica em alguns dos ambientes da
maternidade Barros Lima
(Foto: Divulgação / CEEMM-PE)
O comitê denuncia também baixos investimentos na área da obstetrícia. De acordo com o CEEMM, o estado de Pernambuco recebeu R$ 84 milhões do governo federal através do programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Para o comitê, esses recursos deveriam ser investidos em qualificação dos leitos para as mulheres terem boas condições na hora do parto, além de assistência obstétrica, com profissionais especialistas, e exames de pré-natal.
Procurada pelo G1, a Secretaria de Saúde do Recife informou, através de nota, que "as três maternidades do Recife: Barros Lima (Casa Amarela), Bandeira Filho (Afogados) e Arnaldo Marques (Ibura), receberam manutenção externa e interna inclusive com a reforma e climatização do alojamento conjunto da Barros Lima. As três maternidades do Recife estão passando por obras a partir da adesão à Rede Cegonha para a construção de Centros de Partos Normais com finalização do processo licitatório previsto para junho próximo". Veja a íntegra da nota da Secretaria ao término da reportagem.
Já a assessoria do Hospital do Tricentenário enviou nota informando que "reformas estão acontecendo e novos processos vêm sendo iniciados [na unidade de saúde]. Como temos uma estrutura física antiga, alguns locais da maternidade ainda estão passando por reforma, sendo possível, ainda, encontrar inconformidades em relação a RDC 036/08, que normatiza a ambiência das maternidades.(...) O prazo para conclusão desta reforma está prevista para 30/06/2015".
Por fim, o Centro Integrado de Assistência a Saúde da Mulher (CIAM), antiga maternidade Santa Lúcia, também comunicou, através de nota, que pela natureza dos partos de alto risco, "as patologias de alto risco materno e/ou fetal estão diretamente relacionadas com a maior incidência de partos por cirurgia cesariana, na perspectiva da preservação da saúde do binômio mãe filho, reduzindo riscos de complicações, sofrimento fetal e morbidade materna-infantil. Mesmo tendo conhecimento da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o percentual de parto cesárea a ser realizado, o bem estar e a saúde dos pacientes são prioridades e fica sob autonomia da equipe de profissionais, aptos a desempenhar a atividade e dos protocolos para cada caso".
Comissão também visitou a maternidade Barros Lima, no Recife (Foto: Divulgação / CEEMM-PE)Comissão também visitou a maternidade Barros Lima, no Recife (Foto: Divulgação / CEEMM-PE)
Veja íntegra da nota divulgada pela Secretaria Estadual de Saúde:
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) esclarece que os dados de mortalidade referentes aos anos de 2014 e 2015 ainda estão abertos, conforme os protocolos de investigação preconizados pelo Ministério da Saúde. Portanto, é prematuro falar sobre esses números já que todos os casos estão sendo investigados.

Sobre os recursos do Programa Rede Cegonha destinados ao Governo do Estado, a SES esclarece que o mesmo é investido no custeio da rede de assistência materno infantil, sobretudo nas maternidades de alto risco. A verba também é usada na qualificação e ampliação dos serviços, como a reforma do Cisam e a construção da casa da gestante do Hospital Barão de Lucena.

Por fim, a SES garante que a assistência materno-infantil é prioridade da gestão. Este ano, foi criado o Comitê de Assistência Materno-Infantil, que está possibilitando uma série de medidas integradas entre toda a rede de atendimento, com o intuito de efetivar as melhorias na assistência às gestantes de todo o Estado.

Veja íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Saúde do Recife:
"Em Recife, analisando os óbitos maternos de 2001 a 2014, observa-se uma importante variabilidade anual da razão de morte materna, sem predomínio em nenhum distrito sanitário. Em 2015, a Secretaria Executiva de Atenção à Saúde do Recife informa que se encontram ainda em análise 13 óbitos maternos, incluindo-se mulheres com óbito até uma ano após o parto,  conforme a definição de óbito materno da Portaria Nº 1.1119, de 05 de junho de 2008.
A Secretaria de Saúde do Recife, vem juntamente com a Secretaria Estadual discutindo ações para a melhor estruturação da rede de atenção materna e infantil de Pernambuco e desenvolvendo estratégias para o controle e redução da Mortalidade Materna dentre as quais: Implantação do Programa Mãe Coruja Recife, Monitoramento da Assistência Pré-Natal nas unidades básicas de saúde e implantação de Ambulatórios de Pré-natal de alto risco na rede municipal de saúde; implantação do Acolhimento com Classificação de risco nas três maternidades do Recife, abertura de concurso público para médicos com previsão de nomeação para o mês de junho de 2015.
As três maternidades do Recife: Barros Lima (Casa Amarela), Bandeira Filho (Afogados) e Arnaldo Marques (Ibura), receberam manutenção externa e interna inclusive com a reforma e climatização do Alojamento conjunto da Barros Lima. As três maternidades do Recife estão passando por obras a partir da adesão à Rede Cegonha para a construção de Centros de Partos Normais com finalização do processo licitatório previsto para junho próximo
Com a construção do Hospital da Mulher do Recife, que está com cerca de 70% da obra concluída, o município disporá da primeira unidade de saúde de grande porte de gestão municipal. o Hospital está orçado em R$ 56,8 milhões, dos quais R$ 48,8 milhões são oriundos de convêncio com o Governo Federal tendo a  Prefeitura do Recife desembolsado R$ 35 milhões dos cofres municipais para a sua construção. O Hospital vai reunir em um único lugar atendimento de Urgência e emergência 24 Horas, centro obstétrico, cirúrgico, UTI materna e neonatal, Clínica Ambulatorial.
Do: G1/PE.

Preso em Itamaracá suspeito de assassinar companheira.

Um homem, suspeito de matar a companheira, foi preso na noite de terça-feira, no Ibura, na Zona Sul do Recife. A vítima, de 23 anos, foi esfaqueada na manhã do mesmo dia, em casa, na Rua Francisco Beltrão.
 
A mulher chegou a ser socorrida e foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPE) de Lagoa Encantada, mas não resistiu e morreu. À noite a Polícia Rodoviária localizou o homem supeito de ter cometido o crime, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado. 

O corpo da vítima está no Instituto Médico Legal (IML), no Recife. 

Do: Diário de Pernambuco.

domingo, 24 de maio de 2015

Acidente entre duas motos deixa duas pessoas feridas em Igarassu.

Mulher que ia na carona de cinquentinha teve corte na cabeça.
Acidente aconteceu próximo à UPA de Cruz de Rebouças, na BR-101.


Um acidente entre duas motos, sendo uma delas 'cinquentinha', deixou ao menos duas pessoas feridas na manhã deste domingo (24), na BR-101 Norte, próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz de Rebouças, em Igarassu, Região Metropolitana do Recife. Uma mulher de 29 anos, que estava na garupa da cinquentinha, foi socorrida pelos bombeiros para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a mulher apresentava otorragia, que é um sangramento pelo ouvido, um corte na cabeça e escoriações na perna direita. Já a outra vítima, uma mulher aparentando 30 anos, não tinha lesões aparentes e foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para uma unidade de saúde não informada. Não há detalhes sobre o estado de saúde das vítimas.
Acidentes
O número de internações hospitalares envolvendo motociclistas acidentados no trânsito aumentou 115% em 6 anos, entre 2008 e 2013, de acordo com dados preliminares divulgados pelo Ministério da Saúde. Em 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 170.805 internações por acidentes de trânsito e R$ 231 milhões foram gastos no atendimento às vítimas. Em relação às motos, o número atingiu 88.682 internações.

Segundo o ministério, de 2008 a 2013, o gasto com internações de motociclistas aumentou 170,8% e não inclui valores de reabilitação, medicação e o impacto em outras áreas da saúde. No período, a frota de motos cresceu 247,1% no país.
Do: G1/PE.

sábado, 23 de maio de 2015

Forte Orange fechado para obra de restauração.

Trabalho se estenderá até dezembro de 2015 e prevê o resgate

 dos vestígios holandeses na fortaleza secular.


Piso e paredes da casa de pólvora feita pelos holandeses no pátio central da fortaleza / Foto: Guga Matos/JC Imagem

Piso e paredes da casa de pólvora feita pelos holandeses no pátio central da fortaleza

Foto: Guga Matos/JC Imagem

O Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, ao norte do Grande Recife, passa por obra de restauração desde outubro de 2014 e está fechado ao público. Quando o trabalho terminar, em dezembro de 2015, os visitantes poderão contemplar vestígios da construção holandesa que estavam escondidos sob a atual fortificação portuguesa.

Uma porta, a casa de pólvora e uma cacimba indicam a presença flamenga no forte, erguido à beira-mar. Os achados foram encontrados em janeiro de 2003 pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco. Mas permaneceram fechados esse tempo todo, como medida de proteção.

Agora, com os recursos assegurados e as ações iniciadas, os arqueólogos retornam ao local para liberar as relíquias. “Estamos resgatando as estruturas que localizamos há pouco mais de uma década e que serão aproveitadas na obra de restauração”, diz o arqueólogo Marcos Albuquerque.

A porta de entrada do forte holandês, de 1631, era voltada para o Canal de Santa Cruz. Doze anos atrás, estava soterrada, debaixo de 1,2 mil tonelada de areia no terrapleno, um terreno resultante de aterro entre a muralha e a contramuralha da fortaleza.

Restos de parede e piso da casa de pólvora, onde se guardavam barris com os explosivos, afloraram na Praça de Armas. A casa e os muros de arrimo que protegem a porta foram construídos com tijolos da região da Frísia (Holanda), embarcados como lastro nos navios, informa Marcos Albuquerque, coordenador do Laboratório de Arqueologia.

A cacimba, na Praça de Armas, o pátio central do forte, fica próximo dos vestígios do quartel holandês que também ficarão aparentes. É um poço de 90 centímetros de diâmetro por 2,2 metros de profundidade e tinha um barril de madeira nas bordas para segurar a areia, diz o arqueólogo.

A fortaleza fazia parte do sistema de defesa do litoral brasileiro implantado no período da dominação holandesa (1630-1654). A edificação, reconstruída pelos portugueses em 1696 e reformada em 1777, é tombada como monumento nacional desde 1938.

Superintendente em Pernambuco do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Frederico Almeida disse que a obra de restauração abrange toda a edificação. “Vamos mostrar ao público as duas histórias ali existentes, a holandesa e a portuguesa”, diz ele. A fortificação está sob responsabilidade do Iphan.

GALERIA DE IMAGENS

Vestígios da casa de pólvora construída pelos holandeses no Forte Orange, na Ilha de Itamaracá (PE)
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Ele acrescenta que o Forte Orange (Fortaleza de Santa Cruz, no nome português) concorre ao título de Patrimônio da Humanidade da Unesco. “Dos 18 fortes de defesa da costa brasileira selecionados, três são de Pernambuco: Orange, Brum (Bairro do Recife) e Cinco Pontas (São José, Centro da capital).” O resultado será conhecido até o fim deste ano.

Os recursos para a execução da obra, oriundos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), somam quase R$ 10 milhões. “Temos verba do Estado e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)”, diz o secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras.

“Vamos discutir com o Iphan, a comunidade e o prefeito da ilha os usos da fortaleza”, declara o secretário. Os arqueólogos encontram-se no forte desde segunda-feira passada e esperam encerrar a atividade em um mês.

Do: Jc Online.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Governo Municipal ignora Conselho Tutelar.



"Abandono"- Esta é uma das apalavras que definem a situação pela qual passa o Conselho Tutelar da da Cidade de Igarassu, RMR. Revoltados, pois há dois anos que procuram o Prefeito Mário Ricardo (PTB) e o atual Secretário de Governo, Charles Roger, sem conseguirem solução para os problemas de responsabilidade do Governo Municipal, a não ser apenas promessas, os cinco Conselheiros decidiram procurar o Jornal PE da Gente para dar uma entrevista exclusiva, levando à sociedade o que vem acontecendo no Conselho, prejudicando sua atual como instrumento de extrema importância na garantia dos direitos das crianças e adolescentes da Cidade.

O Conselho que já teve o fornecimento de energia suspenso porque a Prefeitura não pagou a CELPE, e hoje tem o único telefone de plantão sem funcionar porque a Prefeitura também não paga a conta, está sem poder fazer as visitas as famílias assistidas, nem atender aos chamados de violência contra crianças, porque há duas semanas não tem combustível no veículo. Falta até papel ofício...

Por falta de estrutura e equipamentos, apenas se dispõe de uma sala para atendimentos. O que provoca reclamações e desistências de famílias que esperam mais de horas por atendimento. E a única sala não oferece condições dignas de trabalho.

Quando chove é um Deus nos acuda. O prédio fica alagado. As paredes infiltradas por água, e no teto, que suas condições ameaçam desabar, vários buracos facilitam os alagamentos. Até o Ministério Público já alertou e recomendou que o Órgão mudasse para um outro local, visto que nem acessibilidade dispõe para cadeitantes.

"Procuramos inúmeras vezes a Prefeitura e o que apenas se tem é o desrespeito e descasos para com nossas necessidades, querendo-nos fazer acreditar em promessas. E o atual Secretário de Governo, Sr. Chales Roger, em uma de nossas peregrinações, garantiu que no dia seguinte (26/03) teríamos nossos pleitos atendidos, ou pelo menos respostas, mas já são dois meses passados e nada. Estamos cansados e não acreditamos mais em uma palavra desse Governo." - Disseram os Conselheiros.

Os entrevistados falaram que o Prefeito Mário Ricardo durante sua campanha, prometeu que faria do Conselho Tutelar de Igarassu, uma referência para o Estado. Assim que eleito pediu cem dias para organizar o Município e a partir de então iniciar o cumprimento da promessa. Mas, segundo os Conselheiros, até agora o único investimento que se teve da atual Gestão, foram um computador, que está quebrado, e uma impressora locada. A estrutura ainda é a mesma do ano de 2000.

Os Conselheiros dizem serem vítimas de perseguição política. Visto apenas um dos seus companheiros (de declarada participação partidária na equipe que ajudou a eleger o Prefeito) tem tratamento diferenciado, no que se refere aos atendimentos nas secretarias municipais. Enquanto os demais quando são atendidos, antes têm sofrido longa espera e indiferenças.

Este ano haverá eleição para o Órgão. Certamente acontecerão grandes problemas, pois é necessário que todos os conselhos tutelares do País, tenham uma lei municipal adequada aos parâmetros da esfera nacional. No entanto, em Igarassu faz dois anos que a minuta da Lei foi entregue ao então Procurador da época, Charles Roger, e nada foi feito. 

Semana passada, o Governo Federal fez a entrega de dois veículos e equipamentos para os Conselhos Tutelares de Igarassu Centro e Cruz do Rebouças. Na página do Facebook da Prefeitura, o Prefeito posa para foto ao lado dos carros e diz ser atencioso e preocupado em dar aos Conselhos tudo o que necessário para o perfeito funcionamento dos mesmos. Segundo os conselheiros, O Sr. Mário Ricardo não agiu com a verdade e foi desrespeitoso. "A participação da Prefeitura para aquisição dos equipamentos foi mínima. Nós, os dez Conselheiros nos inscrevemos e corremos atrás. O que coube ao Governo foi tão somente preencher alguns documentos com informações do Município e encaminhá-los." - Afirmam os entrevistados, que ainda disseram que receberam R$ 50,00 para ajudar no combustível para os Conselheiros de Igarassu Centro participarem da entrega dos veículos em Recife. Mas para os companheiros de Cruz do Rebouças, que sofrem situação ainda pior, tiveram que pagar do próprio bolso suas passagens.

Estamos cansados. Decepcionados com a atual gestão, muito embora as outras passadas também não agiram como deveriam na trato com este Órgão. Mas a diferença é que os outros não prometeram tanto. Falta competência a muitos dos membros dessa equipe do Governo Municipal. E nós não acreditamos mais em nada do que falam. Restando-nos apenas reconhecer à Imprensa para levar o caso ao conhecimento da população, em seguida buscaremos outros meios legais que possam nos ajudar. - Finalizam os  Conselheiros.

ESTATÍSTICA:

Desde sua criação, 2000 a 2013, o Órgão atendeu a 5.476 casos de violação dos direitos da criança e adolescente. Sendo em 2013 ocorrido um número recorde assustador: 516 casos em apenas um ano.

Do: Jornal Pernambuco da Gente.