terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Biblioteca Municipal de Igarassu.


 
  Antes mesmo da criação de uma biblioteca Pública Municipal, o Jornal Voz de Igarassu, na edição nº 27 de 30 de janeiro de 1955, nos informa que existiu em Igarassu até o ultimo quartel do século XIX, um Gabinete de Leitura Igarassuense, que desapareceu sem registros documentais. Segundo informações do Livro de Registro de Atos e Decretos (1939/49) pertencente à Prefeitura Municipal de Igarassu, sob a guarda do departamento de pesquisa do Museu Histórico de Igarassu, a primeira Biblioteca Pública em Igarassu foi criada pelo ato nº 53 de 7 de outubro de 1942, pelo então prefeito Martiniano de Barros Correia, com o nome de Biblioteca Pública Municipal DUQUE DE CAXIAS. 

  Sobre a referida biblioteca não foi encontrado registro de seu funcionamento. Com a ausência de uma biblioteca para atender a população, o então prefeito Clovis Lacerda Leite, cria através da lei municipal nº 1074, de 25 de agosto de 1969, uma Biblioteca Pública que foi inaugurada no dia 27 de setembro de 1969, num prédio localizado a Rua Dantas Barreto, nº 24, no sitio histórico. Tendo como primeira funcionaria a Srta Alda de Menezes Costa. Em 29 de julho de 1970, através da lei municipal nº 1176, passa a denominar-se Biblioteca Pública Municipal Hercília Bezerra Bandeira de Melo. 

  A Biblioteca no decorrer dos anos, durante administrações de inúmeros prefeitos, funcionou em vários prédios públicos instalados no município, como no Prédio da Câmara Municipal; no Sobrado do Imperador; num antigo casarão ao lado da Escola Estadual Santos Cosme e Damião; no Centro de Artes e Cultura e por ultimo no prédio anexo ao Museu Histórico. 

  Após um período desativada, o prefeito do município, o Sr Severino de Souza Silva, recuperou um prédio pertencente à prefeitura municipal, situada na Rua Frei Caneca nº 24, no sitio histórico, e neste local instalou a biblioteca, que foi reaberta ao público no dia 02 de dezembro de 2005, sob a coordenação do Professor Fernando Fernandes de Melo. Com uma nova proposta de trabalho e um acervo que foi sendo recuperado e atualizado para atender a população. 

  A Biblioteca Pública Municipal ressurgiu não apenas como um espaço de leitura e pesquisa, mas também como um centro de informação e difusão da cultura.

Do: Fernando Melo.

Caldeirada agora em boxes padronizados.

 Principal atração do município, o mercado foi totalmente revitalizado e promete atrair mais turistas interessados em degustar o tradicional prato de frutos do mar.

 / Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem

  O principal ponto turístico de Itapissuma está de cara nova. É que o mercado público onde a famosa caldeirada é comercializada foi revitalizado. Agora, o prato típico é vendido em boxes padronizados e os visitantes degustam a iguaria com uma vista privilegiada do Rio Itapissuma e da Ilha de Itamaracá. O espaço ainda ganhou novos quiosques para a venda de peixes, um galpão para a prática de atividades culturais e uma praça com brinquedos. A novidade animou comerciantes e turistas e deve transformar o local em polo gastronômico.

  A ideia foi da Secretaria Estadual de Turismo, que viabilizou a requalificação com recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). Na beira da rodovia que vai a Itamaracá, o mercado de Itapissuma chama a atenção de quem passa e é parada quase certa de quem segue para a ilha. "O mercado é a principal atração da cidade e, agora, que está mais limpo e bonito, vai atrair mais turistas. Eu mesmo sempre paro aqui quando vou para Itamaracá", confessou o comerciante Rodrigo Uchoa, 37 anos, enquanto comia a caldeirada.

  As obras de revitalização começaram no início deste ano e custaram aproximadamente R$ 1,8 milhão. Os serviços acabaram no mês passado e agradaram quem trabalha e frequenta o espaço. "O mercado precisava dessa reforma, estava feio. Cada box era de um jeito e as paredes estavam sujas, com infiltrações. Agora está bonito e agradável. Espero que atraia cada vez mais turistas", torce a cozinheira Sônia Gomes, 55.


Do: JC Online.

 

As pedras que cantam saudade.

  Itamaracá, que em Tupi significa pedra que canta, chora a morte do Rei.


  Quando eu era menino, meu pai me levava a Itamaracá todos os domingos. E na minha inocência de criança, eu achava que aquele era o céu. Hoje, homem feito, eu sonho de olhos abertos com a areia branca, o mar, o céu estrelado, o sol e o povo de Itamaracá”, Reginaldo Rossi.
André Nery/Folha de Pernambuco
Lia de Itamaracá: “O meu Rei era quente, ninguém no mundo tinha o balanço dele"
  O trecho acima, que foi extraído da canção “Itamaracá/Pedra que canta”, composta pelo Rei do Brega, é um belo exemplo de como o cantor se referia a um de seus lugares prediletos: A Ilha de Itamaracá. O nome do local, que em Tupi-Guarani significa pedra que canta, parece realmente cantar após a morte do Rei. Só que dessa vez a alegria do brega, que Reginaldo tantas vezes apresentou na Ilha, parece dar lugar a acordes de saudade.


  O FolhaPE foi até a Ilha, distante 40 Km do Recife, para conversar com as pessoas e sentir o clima do lugar que o Rei chamava de “Ilha encantada”. “Ele vinha aqui pelo menos uma vez por mês. Fazia questão de ficar sentado bem pertinho do mar e sempre pedia peixe frito, pirão, arroz e batata-frita”. O relato é de Simone Maria Santana, 47 anos e dona do Bar da Caldeirada, que fica em frente ao Forte Orange e era o reduto principal de Rossi em Itamaracá.
  “Só quem atendia ele era eu. O cuidado que eu tinha com ele ninguém mais teria. A simplicidade dele era algo lindo. Muitas vezes, ele abria shows pagos pra todo mundo. Uma vez ele disse: ‘deixa todo mundo entrar, eu vim aqui pra cantar pra Ilha’. Foi lindo”, completou Simone Maria. Na areia da praia, a reportagem encontrou o casal Rodolfo Costa, 47anos, e Roseneide Duarte, de 56 anos. Eles sempre frequentam a Ilha e dessa vez disseram sentir um clima diferente.
  “Tá muito calmo e triste. Geralmente a Ilha é mais animada. Agora, a música alegre dele está tocando, mas nem ela quebra a tristeza”, disse Rodolfo. Sua esposa Roseneide contou que é sul-matogrosense e veio morar em Pernambuco há 10 anos, no entanto, a paixão por Rossi é bem mais antiga. “Uns cinco anos antes de vim para Pernambuco, eu me apaixonei pela música Recife, minha cidade. Achei a canção muito bonita e fiquei curiosa para saber que lugar era aquele. Hoje, curiosamente, sou casada com um pernambucano”, (risos).
  Assim como Reginaldo Rossi, outra pessoa não pode passar despercebida quando o assunto é Itamaracá. Ela, assim como o Rei do Brega, também é reconhecida como uma majestade, só que da Ciranda. Lia de Itamaracá, a “preta cirandeira mais famosa do mundo”, como gosta de se definir, abriu as portas de sua casa e se emocionou ao falar do amigo Reginaldo Rossi.
  “Eu disse: ‘Meu Deus, o meu Rei?’ Fiquei sem querer acreditar na morte dele. Sempre fui a sua maior fã, ele me ajudou muito. Agora que ele morreu, muitas pessoas estão valorizando Rossi em Itamaracá. Quando ele era vivo não era assim. Espero que comigo não aconteça o mesmo”, disse emocionada.
  Lia contou ainda que, nas próximas apresentações que fará, não descarta uma homenagem ao Rei do Brega. “O meu Rei era quente, ninguém no mundo tinha o balanço dele. Quem sabe, nas apresentações que farei no Rio de Janeiro, nas próximas semanas, eu não trago um brega dele em ritmo de Ciranda. Ele não morreu para os fãs e amigos, para mim estará sempre preso no meu abraço”, contou.
Da: Folha PE.

Moradores de Itamaracá lamentam a partida de Rossi.

 Compositor, falecido na última sexta-feira, era apaixonado pela Ilha de Itamaracá, onde morou por quase 20 anos.


Lia de Itamaracá: parceria com Reginaldo, devoção na parede e boas recordações. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
Lia de Itamaracá: parceria com Reginaldo, devoção na parede e boas recordações. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press



  Tema de tres canções de Reginaldo Rossi, a Ilha de Itamaracá, a 40 quilômetros do Recife, ainda vive o luto de ter perdido o maior defensor e garoto-propaganda. Passados funeral e sepultamento do cantor, no fim de semana, a voz do Rei do Brega ainda ecoa em bares, praças, quintais e carros, além de ter garantido vaga permanente na memória do povo. Amiga do artista há décadas, a produtora cultural Sara Cavalcanti parecia incrédula ao caminhar pela areia da Praia do Forte Orange, onde tantas vezes esteve com o artista. “Ele era apaixonado por Itamaracá, chamava de paraíso. Ao cruzar a ponte, dizia: ‘Agora, sim, estou na minha ilha’”.


  Ali próximo, embora os donos já tenham morrido, resistem ao tempo os bares do Deda e do Tião, tantas vezes visitados por Rossi. Nos anos 1970, quando ele frequentava com assiduidade a beira-mar, era comum flagrar os amigos em passeios de moto aquática. Ele não se arriscava nas manobras, mas assistia a tudo “admirado” em terra firme, onde se deleitava com um copo de uísque e Coca-Cola, a bebida predileta.


Lindinaldo na casa onde Rossi morou: Rei gostava de fazer churrasco com vários convidados. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
Lindinaldo na casa onde Rossi morou: Rei gostava de fazer churrasco com vários convidados. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press



  Bem perto da muralha do Forte Orange, está a enorme casa onde Rossi morou por quase 20 anos. Era o refúgio onde descansava após os shows. Chegava de madrugada e costumava se deitar em um colchão na beira da piscina ou beber o resto da noite. O local preferido do cantor era embaixo do pé de azeitona, onde promovia churrascos para mais de 30 pessoas. Há 15 anos, o empresário Lindinaldo Guerra, amigo de Reginaldo, comprou a casa, quando o artista se mudou para Candeias, em Jaboatão dos Guararapes. “Ele vai fazer falta. O Brasil perdeu um dos seus maiores ídolos”.

  Em várias ocasiões, o cantor se apresentou na Praça do Pilar, a quilômetros do Forte. O último show, em 2012, foi visto de perto pela educadora Maria da Glória Pimentel. “Reginaldo brincou, disse que as mulheres iam molhar a calcinha e depois tirar para os homens cheirarem”, recorda, com os olhos cheios de lágrimas. “Disse que voltaria a morar em Itamaracá. Mas não deu tempo”.

  Moradora ilustre da ilha, a cirandeira Lia de Itamaracá lamentou não só a perda do amigo e parceiro musical, como também o fato de não ter tido condições de se despedir. Ela estava no Rio de Janeiro quando soube da notícia. “Não achei que ele fosse embora agora. A doença era séria, mas ele podia ter tido mais tempo de vida. Deixou uma saudade grande”. Na última vez em que dividiram o palco na ilha, Rossi brincou, como de costume: “Lia, quanto terminar aqui vou lhe levar pro motel”. “Era um homem sempre brincalhão, guerreiro, Meu coração está partido”.




A letra famosa

Itamaracá é uma ilha encantada
Lugar mais bonito que eu vi
Itamaracá é um reino encantado
E todos são reis por aqui

Ilha de sonho, de luz e de cor
Pedra que canta o amor
Essa areia tão branca
Teu céu e o teu mar
Paraíso é Itamaracá

Iê, Iê, Iê...

A saudade

  "Reginaldo é muito querido por todos. Quando chegava por aqui, várias pessoas pediam autógrafo e para tirar fotos. Ele atendia a todos com alegria. Eu tinha vontade de fazer isso, mas preferia deixar ele à vontade para curtir a praia. Fiquei muito triste e emocionada com a morte dele. Nosso rei era o símbolo maior e um grande fã de Itamaracá. Em vida, ele fez muito por nós".
- Kátia Cilene, microempresária

  "A música de Reginaldo é inesquecível. Ele era um grande artista. Já assisti a um show de três horas dele, em que nenhuma música era repetida. Tive a chance de vê-lo em apresentações mais íntimas, voltadas para magistrados, e pude ver que ele era uma pessoa alegre, tranquila, simpática. Do mesmo jeito que era no palco, ele era pessoalmente”.
- Francisco Monteiro, oficial de justiça

  "Quando minha filha disse que ele morreu, chega me deu uma tremedeira. Chorei o dia todo. Não pude ir ao velório, mas pedi a um conhecido para trazer um santinho para mim de recordação.”
- Maria Glória Pimentel, educadora

  "Sempre foi um cara muito carismático, brincalhão, gentil com todo mundo. Adorava zoar com os cachaceiros. Fui a um show dele há uns quatro anos. Vai deixar muita saudade para todos de Itamaracá”.
- Moacir Américo da Silva, ambulante


Do: DP.

Caixas eletrônicos de agência bancária são danificados em Paulista.

 Compartimento para colocar cartões foi arrancado em uma das máquinas.
  Câmeras da agência bancária podem ter flagrado a ação.

 
Caixa eletrônico foi encontrado danificado por funcionários do banco. (Foto: Kety Marinho / TV Globo)
Funcionários do banco encontraram o caixa danificado
(Foto: Kety Marinho / TV Globo)
  Três caixa eletrônicos de uma agência do banco Itaú em Paulista, no Grande Recife, foram encontrados por funcionários do estabelecimento depredados nesta segunda-feira (23). Um aviso foi deixado para informar aos clientes que os equipamentos não estavam funcionando nesta manhã.
 Em um dos caixas, o compartimento para colocar cartões foi arrancado e a tela do monitor ficou rachada. Em outro, o vidro foi quebrado. Os estilhaços ficaram espalhados por cima da máquina e também no chão, junto com envelopes de depósitos. O crime pode ter sido flagrado pelas câmeras de segurança instaladas no lado de fora e na parte interna do banco.
  O Itaú informou através de nota "que o atendimento a clientes está sendo feito na agência. O banco está colaborando com as investigações prestando todas as informações necessárias às autoridades responsáveis".
Do: G1/PE.