quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Brasil contabiliza 1 milhão de homicídios em 30 anos, diz estudo.

Segundo 'Mapa da Violência 2012', média anual de mortes do país supera a de mortes violentas em guerras internacionais

Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais, apontam cálculos do 'Mapa da Violência 2012', produzido pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quarta-feira.

O estudo também conclui que, apesar da redução das mortes violentas em diversas capitais do país, o Brasil mantém um índice epidêmico de homicídios - 26,2 por 100 mil habitantes -, que têm crescido sobretudo no interior do país e em locais antes considerados 'seguros'.



Calculando a média anual de homicídios do país em 30 anos, Julio Jacobo Waisefisz, pesquisador do Sangari, chegou ao número de 36,3 mil mortos no ano - o que, em números absolutos, é superior à média anual de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano.

A média também é superior às 13 mil mortes por ano registradas na Guerra do Iraque desde 2003 (a partir de números dos sites iCasualties.org e Iraq Body Count, que calculam as mortes civis e militares do conflito).

'O número de homicídios no Brasil é tão grande que fica fácil banalizá-lo', disse Waisefisz à BBC Brasil.

'Segundo essas mesmas estatísticas (feitas a partir de dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde), ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de 137 homicídios diários, número bem superior ao de um massacre do Carandiru por dia', diz o estudo, em referência à morte de 111 presos no centro de detenção do Carandiru (SP), em 1992.

Violência nos Estados

Por um lado, o 'Mapa da Violência' vê motivos para otimismo: o Brasil estabilizou suas taxas de homicídio e conseguiu conter a espiral de violência em Estados como São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro (onde, entre 2000 e 2010, o número de homicídios caiu respectivamente 63,2%, 20,2% e 42,9%).

Por outro lado, o estudo aponta que 'nossas taxas ainda são muito elevadas e preocupantes, considerando a nossa própria realidade e a do mundo que nos rodeia, e não estamos conseguindo fazê-las cair'.

'Estados que durante anos foram relativamente tranquilos, alheios à fúria homicida, entram numa acelerada onda de violência', diz a pesquisa.

É o caso, por exemplo, de Alagoas, que, com 66,8 homicídios por 100 mil habitantes em 2010, se tornou o Estado com o maior número de mortes violentas (era o 11º em 2000).

O Pará, que era o 21º Estado com mais mortes violentas em 2000, subiu para a terceira posição em 2010, com uma taxa de 45,9 homicídios por 100 mil habitantes.

Vários fatores podem explicar essa migração, diz o estudo: o investimento em segurança nas grandes capitais e suas regiões metropolitanas, fazendo com que parte do crime organizado migrasse para áreas de menor risco; melhoras no sistema de captação de dados de mortalidade, fazendo com que mortes antes ignoradas no interior pudessem ser contabilizadas; e o fato de algumas partes do país terem se tornado polos atrativos de investimento sem que tivessem recebido, ao mesmo tempo, investimentos em segurança pública.

Além disso, muitas regiões mais afastadas dos grandes centros também são locais de conflitos agrários ou ambientais, zonas de fronteira ou rotas do tráfico - fatores que tendem a estimular a violência.

Interior mais violento

É nesse cenário que a violência brasileira tem se descentralizado e se tornado um fenômeno crescente no interior, aponta Waisefisz.

No estudo, ele detectou 'a reversão do processo de concentração da violência homicida, que vinha acontecendo no país desde 1980'.

'A disseminação e a interiorização tiveram como consequência o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios de tamanho médio ou pequeno. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas país.'

Assim, cidades pequenas como Simões Filho (BA), com 116 mil habitantes, Campina Grande do Sul (PR), com 37,7 mil habitantes, e Marabá (PA), com 216 mil, passaram a liderar, nesta ordem, o ranking de municípios com as maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes.

Taxas gerais

Em geral, o Brasil viu suas taxas de homicídio crescerem quase constantemente entre 1980 e 2003, quando chegou

a 28,9 mortes por 100 mil habitantes. A partir desse ano, os índices se reduziram e, com algumas oscilações, se estabilizaram.

Nesses 30 anos, a população também cresceu, embora de forma menos intensa, aponta o 'Mapa da Violência'. 'Passou de 119 milhões para 190,7 milhões de habitantes, crescimento de 60,3%. Considerando a população, passamos de 11,7 homicídios em 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010. Um aumento real de 124% no período.'

Também preocupa o fato de a violência ainda incidir de forma muito mais intensa entre a população negra. Segundo o estudo, em 2010 morreram, proporcionalmente, 139% mais negros do que brancos no país.

Fonte: Blog Arma Branca.

Pais de alunos avaliam gestão escolar municipal.


  Com o objetivo de promover uma melhora contínua na rede municipal de ensino, a Secretaria de Educação da Ilha de Itamaracá, realiza entre os dias 12 e 19 de dezembro, uma avaliação entre os pais de alunos sobre a gestão escolar e a pedagogia dos professores.

 Todas as 14 escolas do município serão avaliadas por meio de um questionário com perguntas sobre as ações desenvolvidas no ambiente escolar, como a divulgação de atividades, reposição de professores em caso de falta, acompanhamento do aluno em sala de aula.

  Esta é a primeira vez que um encontro é realizado nas escolas para a avaliação da gestão. Uma solicitação antiga dos professores que foi atendida pelo prefeito Rubinho, com a implantação do Plano de Cargos e Carreiras.
Os professores nomeados este ano para reforçar o quadro docente serão avaliados cinco vezes até 2014, quando termina o período probatório.

  Risonete Maria da Silva, diretora há quatro anos da Escola Municipal Professor Cavalcanti, aprova a iniciativa: "Sempre é bom ser avaliada. A gente descobre se acertamos ou erramos", afirma.
A partir do resultado, um percentual poderá ser acrescido no salário como forma de valorizar o bom desempenho dos profissionais envolvidos.

Os gestores e professores do EJA e a equipe da merenda também serão avaliados de acordo com o cronograma.

Fonte: Prefeitura.

Câmara aprova relatório que proíbe pais de baterem em filhos.

Brasília (DF) - A comissão especial criada para analisar proposta do Executivo que proíbe o uso de castigos corporais em crianças e adolescentes (PL 7672/2010) aprovou nesta quarta-feira (14), em caráter conclusivo, o parecer da relatora, deputada Teresa Surita (RR) . O texto seguirá para o Senado, exceto se houver recurso para que seja apreciado pelo Plenário da Câmara. A matéria aprovada é um substitutivo ao projeto do Executivo.
Teresa Surita destacou como ponto importante na elaboração de seu substitutivo a articulação entre União, estados e municípios para elaborar políticas públicas e executar ações destinadas a coibir o uso de agressão física ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas de educação.
Para isso, serão promovidas campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da criança e do adolescente de serem educados sem o uso de agressão física ou de tratamento cruel ou degradante.
Conselho tutelar - Pelo substitutivo, os casos de suspeita de agressão física, tratamento cruel ou degradante e os de maus-tratos devem ser comunicados ao conselho tutelar. Os profissionais de saúde, professores ou qualquer pessoa que exerça cargo público serão responsáveis pela informação. A omissão resultará em multa de três a vinte salários mínimos e, em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro. A lei vai dar, para nossas famílias, informação, conhecimento, educação, além de assistência e mais responsabilidade, disse Teresa Surita.
O substitutivo prevê ainda que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

Fonte: Agência Câmara de Notícias.

População da ilha começa a se inscrever para trabalhar na fábrica da Fiat, em Goiana.



 Quem pretende se qualificar e conquistar uma oportunidade de emprego, essa é a hora. A prefeitura da Ilha de Itamaracá, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, está realizando nesta quinta-feira (15/12), das 08h às 17h, na Quadra do Colégio Pradines, localizado no Pilar, às inscrições para os Cursos de Qualificação de Mão de Obras para a implantação da fábrica da FIAT em Goiana.
As vagas são para homens e mulheres, maiores de 18 anos. Para se cadastrar é necessário apresentar todos os documentos, como: carteira de trabalho, identidade, CPF, carteira de reservista (no caso dos homens), comprovante de residência e de escolaridade.

 Os cursos são de: ajudante, auxiliar de almoxarifado, armador, almoxarife, apontador, azulejador, carpinteiro, encanador, encarregado de obras, operador de máquinas pesadas, pedreiro, pintor, servente, supervisor de montagem e ajudante de montagem.
  Na manhã desta quinta-feira (15/12), a quadra de esportes do colégio Pradines, localizado no Pilar, recebeu centenas de pessoas para as inscrições dos cursos de qualificação de mão de obras, que dará início à implantação da fábrica da Fiat em Goiana.
No total são 480 vagas para o município de Itamaracá, confira o quadro abaixo;


Ocupações
Vagas
Ajudantes
120
Armadores
60
Pedreiros
120
Pintores
60
Serventes
120


  As inscrições tiveram inicio às 8h e terminará até o preenchimento das vagas. Os cursos serão ministrados pelo o SENAI, no período de três meses. As convocações terão inicio a partir do dia 15 de janeiro de 2012, por meio dos telefones disponíveis nas fichas de inscrição dos candidatos.   



 
Fonte: Prefeitura.