sábado, 27 de outubro de 2012

Em Abreu e Lima, promotor pede cassação de atual prefeito, prefeito e vice eleitos.


 Políticos são de Abreu e Lima e devem apresentar defesa em cinco dias.


 Promotor também pediu cassação do mandato de um vereador.


 O atual prefeito de Abreu e Lima, Flávio Gadelha (PMDB), o prefeito e o vice-prefeito eleitos, Pastor Marcos José (PT) e Josias Pereira de Azevedo (PMDB), respectivamente, além do vereador Elivaldo de França Oliveira, mais conhecido como “Marinheiro” (DEM), têm até o dia 5 de novembro para apresentar defesa a respeito de um pedido de cassação do registro de candidaturas e dos diplomas feito pela Justiça Eleitoral do município. A ação é do promotor Roberto Brayner, que acusa os quatro de captação ilícita de sufrágio (compra de votos).
 Flávio Gadelha, atual prefeito de Abreu e Lima, por meio de sua assessoria, confirmou a notificação e acrescentou que, com relação aos trabalhos sociais realizados pela prefeitura, está tudo dentro da legalidade. Ele afirmou ainda que no momento oportuno vai poder provar que a denúncia não procede. Procurado pelo G1, o vice eleito Josias Pereira informou que não quer se pronunciar sobre o caso. Já o prefeito eleito Pastor Marcos José e o vereador Marinheiro foram procurados pela equipe do portal, mas não foram localizados para comentarem o assunto.

 O pedido foi protocolado pelo promotor no último dia 11 de outubro e aguardava a intimação dos políticos para chegar ao juiz eleitoral de Abreu e Lima. Na última terça-feira (23), o chefe do cartório da cidade, Eduardo Tadeu, conseguiu intimar Josias Pereira de Azevedo e Elivaldo de França. Na quarta (24), foi feita a intimação do Pastor Marcos. Por fim, nesta quinta (25), os representantes de Flávio Gadelha foram encontrados e as intimações, concluídas. Agora, o prazo para os quatro apresentarem defesas é de cinco dias corridos.

 De acordo com a denúncia da promotoria, os três candidatos foram apoiados pelo atual gestor, que teria usado a máquina para favorecê-los – ele teria participado da produção de um vídeo de propaganda eleitoral em que os órgãos e serviços públicos são usados como cenário. Por isso, Gadelha também é acusado de “conduta vendada a agentes públicos em período eleitoral”.

 Sobre a compra de votos, Roberto Brayner teria flagrado em 5 de outubro – dois dias antes das eleições – a distribuição de telhas e vigas de madeira para telhado aos eleitores no bairro do Fosfato, uma das comunidades mais carentes de Abreu e Lima. O material teria sido prometido pelo vereador reeleito Marinheiro.

 O promotor também teria visto cópias dos títulos eleitorais dos beneficiários numa ficha de cadastro. Além disso, material de propaganda eleitoral dos candidatos foi encontrado dentro de um veículo da Secretaria de Ação Social do município, que fazia a distribuição de cestas básicas.

 De acordo com o cartório eleitoral, apesar de o prazo para os acusados apresentarem defesa ser de cinco dias, como será feriado na quarta, quinta e sexta para os servidores da Justiça Eleitoral da cidade (emancipação de Abreu e Lima, Dia do Servidor Público e Dia de Finados, respectivamente), o prazo deve ser estendido até 5 de novembro. Após apresentada a defesa, o juiz deve marcar audiência.
Do: G1/PE.

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