sexta-feira, 15 de junho de 2012

Alunos finalistas de concurso de cartazes conhecem projeto em Itamaracá.

O IMA premiou com visita ao Centro de Mamíferos Aquáticos na Ilha de Itamaracá.
Os oito alunos finalistas do concurso de cartazes sobre o Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM), realizado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), conheceram essa semana a base do Projeto Peixe-boi Marinho na Ilha de Itamaracá, em Pernambuco. Eles foram premiados com a viagem e puderam aprender mais sobre as características dessa espécie ameaçada de extinção e sobre outras espécies de mamíferos aquáticos que também são encontradas na costa alagoana.


“Como Durante o mês do meio ambiente as crianças finalistas do concurso participaram de diversas atividades no Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú-Manguaba e puderam conhecer mais sobre esse ambiente aquático de transição entre lagunas e mar, nada mais interessante do que premiá-las com uma visita a um centro especializado em cuidar de um animal típico desse habitat, mas que está ameaçado de extinção”, disse o diretor de Desenvolvimento e Pesquisa do IMA, Fernando Veras. Os estudantes fizeram a viagem no ônibus do IMA e foram acompanhados por cinco educadores e 19 funcionários do IMA.


IMA
No Brasil existem duas espécies de peixe-boi, que são o amazônico e o marinho. O primeiro habita apenas as águas doces da bacia dos Rios Amazonas e Orinoco. Já o segundo é encontrado em águas quentes de regiões costeiras e estuarinas. O peixe-boi marinho pode medir até 4,5 metros e pesar até 800 quilos. Eles possuem cauda em formato de remo, são arredondados e herbívoros, dessa maneira tornam-se responsáveis pela fertilização das águas.

O projeto peixe-boi marinho foi criado em 1980 para avaliar a situação em que se encontrava a espécie no litoral brasileiro. Segundo a bióloga Mariana Vasconcelos, a conclusão do levantamento realizado apontou que o animal está em extinção devido às ações antrópicas e ambientais como a caça predatória, a perda de profundidade dos rios através do processo conhecido por assoreamento e a poluição dos corpos hídricos. “Hoje, no Brasil, nós só encontramos peixes-boi marinho entre o Amapá e Alagoas, mas já existiu nos Estados de Sergipe, Bahia e Espírito Santo”, completou Mariana Vasconcelos.

 Atualmente, a base do projeto na Ilha de Itamaracá tem 24 peixes-boi, sendo que 13 estão em faze de reabilitação e 11 estão sendo mantidos em cativeiro por não conseguirem mais se adaptar ao habitat natural. O Centro de Mamíferos Aquáticos recebe em média 6.000 visitantes mensalmente na alta temporada e 3.000 na baixa temporada. Para Ariana Gaudêncio Alves, coordenadora pedagógica de uma escola municipal de Satuba, a oportunidade oferecida pelo IMA foi gratificante.

IMA


“Apesar de ser uma viagem muito longa, foi extremamente produtiva. Aprendi muito sobre os mamíferos aquáticos e como podemos fazer para continuar preservando os animais e o meio ambiente. Tirei muitas fotos e anotei bastante coisa. Vou pesquisar ainda mais e, juntamente com as alunas de Satuba finalistas do concurso, farei uma apresentação para os demais alunos da escola, que infelizmente não tiveram a oportunidade de viajar”, disse Ariana Gaudêncio.
  Do: primeiraedição.

Nenhum comentário:

Postar um comentário