Operação Corsário prende delegado e policiais suspeitos de corrupção.
Delegado, três agentes e mais um escrivão estão entre os envolvidos.
Lilian Pimentel/Esp.DP/D.A Press/Arquivo
Cinco policiais da Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial, mais conhecida como Delegacia da Pirataria, entre eles o delegado da especializada, Tiago Cardoso, foram presos esta manhã. Eles foram detidos em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça por suspeita de envolvimento nas práticas de peculato, corrupção passiva, condescendência criminosa e formação de quadrilha, entre outros crimes.
A operação Corsário também pretende capturar outras quatro pessoas suspeitas de envolvimento nos crimes e cumprir nove mandados de busca e apreensão domiciliar e em estabelecimentos comerciais, todos expedidos pela Juíza de Direito da Vara dos Crimes Contra a Administração Pública e a Ordem Tributária da Capital, Ana Cristina Mota. Uma mulher, que estaria entre esses suspeitos, já foi presa e encaminhada para a sede do Grupo de Operações Especiais (GOE), no bairro do Cordeiro, como os demais presos. De lá, todos serão encaminhados ainda hoje para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
De acordo com o diretor de polícia, Oswaldo Moraes, Tiago Cardoso entrou na corporação há quatro anos e há dois era titular da especializada. Ele começou a ser investigado há cerca de um ano depois que um comerciante que teria se recusado a pagar propina para ter a mercadoria apreendida liberada, denunciou o caso às instâncias superiores.
Nas casas dos policiais, os agentes que trabalham na operação encontraram dinheiro em moeda estrangeira e diversos inquéritos policiais que deveriam estar na delegacia. Enquanto isso, a sede delegacia foi lacrada para também ser investigada. Até o anúncio da equipe substituta, os casos serão encaminhados para outras delegacias.
Os trabalhos estão sendo realizados por 125 policiais civis, que realizam diligências nas cidades de Recife e Jaboatão dos Guararapes. A operação é coordenada pela Diretoria Geral de Operações de Polícia Judiciária DGOPJ/PCPE. As investigações foram iniciadas em janeiro de 2011 pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Serviços Públicos (DECASP) e assessorada pelo Núcleo de Inteligência da unidade especializada.
Com informações da repórter Laís Capistrano.
Fonte: Folha pe e Pernambuco.com.
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