Delegacia de polícia é um lugar que, normalmente, as pessoas não gostam de frequentar. Trata-se de um espaço que está sempre relacionado a algum problema, seja roubo, furto ou assassinato. Mas unidades da Polícia Civil da capital tentam deixar essa relação entre cidadão e delegacia, digamos, menos traumática.
Um exemplo é a Delegacia do Espinheiro, na Zona Norte da capital. Em uma tentativa de humanizar o atendimento, a delegada Silvana Carla e os policiais da unidade decidiram instalar uma biblioteca no local. Com isso, ao aguardar boletim de ocorrência ou a vez de depor, o usuário pode desfrutar de um dos 300 livros do espaço, já batizado de Biblioteca Ariano Suassuna.
Entre os exemplares, podem ser encontrados livros didáticos, jurídicos e revistas. Também é possível acesso a clássicos de Ariano Suassuna, José de Alencar, Machado de Assis entre outros. "A ideia de instalar uma biblioteca na delegacia surgiu para incentivar a leitura e principalmente humanizar o atendimento. Todo o acervo foi resultado de doações dos policiais da nossa unidade, amigos e familiares, que abraçaram a ideia", explica Silvana Carla.
A biblioteca funciona desde outubro e, segundo a delegada, também tem estimulado os policiais a ler mais. "O público, ao chegar à delegacia, se surpreende com a existência de uma biblioteca, e boa parte tem feito uso dos exemplares, que ficam expostos, enquanto aguardam atendimento", ressalta.
Já na Delegacia Seccional da Várzea, o delegado Bruno Chacon busca a interação com a sociedade através do esporte. Faixa preta de jiu-jítsu, o delegado está formando turmas de jovens para aulas de arte marcial dentro da unidade.
"Montamos um espaço para as aulas na delegacia, sempre na hora do almoço, para não atrapalhar o expediente. Queremos criar três turmas, cada uma com 20 alunos. A questão central é o entrosamento com a sociedade. Trazendo esses jovens para dentro da delegacia, afastamos das ruas", garante.
INTERAÇÃO
No Jordão, Zona Sul da capital, a delegacia distrital participa de dois projetos de interação com a comunidade. Em um deles, realiza palestras e apoia torneios de artes marciais promovidos pelo programa Esporte é Vida, mantido por professores do bairro.
De acordo com a delegada Julieta Japiassu, o uso de drogas é um dos temas abordados nos encontros com os jovens. "O projeto visa tirar jovens do crack através do esporte. E é importante a participação da polícia nesse trabalho", ressalta.
Na outra iniciativa, a delegacia disponibiliza uma sala da unidade policial para aferição de pressão e de níveis de glicose. "Através de parceria, conseguimos o material e convidamos enfermeiros do posto de saúde para participar. A polícia não é só para prender, mas também para conscientizar a população em relação a saúde, criminalidade e outros temas importantes", resume a delegada.
Fonte: unicom@policiacivil.pe.gov.br
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