quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Litoral de contrastes, de Norte a Sul.

Apesar da beleza, praias de Pernambuco sofrem com problemas estruturais.

 
Tamandaré, no Litoral Sul, tem águas calmas, mas poucas opções de lazer
Diego Nigro/JC Imagem

Não falta praia em Pernambuco para os que desejam curtir o verão, que começa extraoficialmente amanhã no Nordeste brasileiro (o dia oficial é 21 de dezembro, para todo o País). São 187 quilômetros de litoral, com atrativos para todos os gostos e bolsos. Mar agradável, belas paisagens, faixas de areia desocupadas, peixe frito na hora, tudo fácil de se encontrar. Mas as semelhanças ficam por aí. O abismo estrutural que separa o Litoral Norte do Litoral Sul ainda parece intransponível. Em outras palavras: da capital para cima, a infraestrutura não acompanha as belezas naturais. Do Recife para baixo, os problemas (sim, eles existem) são minimizados pela maior quantidade de investimentos públicos e privados.




Nos quatro últimos anos da gestão Eduardo Campos (2011-2014), o governo do Estado investiu R$ 87,5 milhões em obras no Litoral Sul, contra R$ 27,5 milhões na faixa norte. Já sob o signo da crise econômica, o governo Paulo Câmara pouco pôde fazer no setor. O resultado é que o lado mais carente de cuidados – os cerca de 60 km de praias do Litoral Norte – deve esperar outros verões para ver grandes obras estruturais. 

Em dezembro de 2013, o governo anunciou a requalificação de 7,5 km da PE-35, que liga Igarassu a Itamaracá, passando por Itapissuma. A obra deveria ser entregue no final deste ano mas, parada, está sem qualquer previsão de término. Uma das principais atrações da faixa litorânea norte, o Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, está fechado desde o segundo semestre de 2014. Há em curso uma obra para recuperar o equipamento, com previsão de entrega também para o final de 2015.

Em nota, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, informa que está tocando, no Litoral Sul, por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), a requalificação do Forte Santo Inácio de Loyola, em Tamandaré. O valor da obra é de R$ 6,3 milhões e a previsão para a conclusão dos serviços éabril de 2016. “Já no Litoral Norte a ação fica por conta da restauração e requalificação da Casa do Artesão e do Museu Histórico de Igarassu no valor de R$ 1.2 milhão, com previsão de entrega em janeiro de 2016”, diz a secretaria.

Por causa da crise financeira, a maioria das prefeituras do litoral não terá programação festiva específica para a abertura do verão. Ao banhista, resta escolher seu destino e torcer para que o cenário seja mais favorável ao litoral em 2016.

Do: NE 10.

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