Equipamento serve para medir a carapaça do caranguejo e será distribuído para as famílias da Unidade de Conservação.
A Reserva Extrativista (Resex) Acaú-Goiana (PB/PE) recebeu dois mil caranguejimetros da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e do Serviço Social da Indústria (Sesi/PE). O equipamento é semelhante a uma régua e serve para medir a carapaça do caranguejo e será distribuído entre famílias da Unidade de Conservação (UC) e estabelecimentos locais que vivem do comércio do crustáceo.
A ideia surgiu do Conselho Deliberativo da Resex, que atua na preservação do ecossistema manguezal e uso sustentável dos recursos pela população de pescadores. Segundo o presidente em exercício da Fiepe, Ricardo Essinger, a iniciativa serve de exemplo para outras unidades. "Esse é um passo inicial que pode render um grande resultado", afirmou.
Cerca de 9 mil caranguejos são extraídos por mês da UC, mas por lei aqueles que medem menos de 6 centímetros não podem ser capturados nem comercializados. Agora, com os novos equipamentos, será possível ajudar a conservar a espécie. "Nosso objetivo com o caranguejimetro é a educação ambiental que essa ferramenta vai possibilitar aos pescadores e comerciantes da área para inibir a pesca indiscriminada do caranguejo" ressaltou a chefe da Reserva Extrativista Acaú-Goiana, Marisol Pessanha.
Reserva Extrativista Acaú-Goiana
Criada em 26 de setembro de 2007, a Reserva Extrativista Acaú-Goiana é uma das 313 UCs federais geridas pelo Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Tem como objetivo proteger os meios de vida, garantir a utilização e conservar os recursos naturais renováveis tradicionalmente utilizados pela população das comunidades locais.
Com uma área de aproximadamente 6.678,30 hectares, a economia da unidade está relacionada à pesca e à coleta artesanal de recursos marinhos. Na Resex, é possível identificar fragmentos de Mata Atlântica nas áreas de limites com os canaviais e uma extensa área de Manguezal, entrecortada por manchas de Apicum nos estuários. Também existem fragmentos de Restingas na planície litorânea e nos Tabuleiros Costeiros, além dos Recifes de Corais em uma extensa formação conhecida como Pedra da Galé.
Do: Instituto Chico Mendes.
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