segunda-feira, 26 de maio de 2014

Paciente denuncia situação precária do atendimento no Hospital Getúlio Vargas.

  Vendedor também denunciou um esquema de aluguel de macas na unidade de saúde.

Paciente denuncia situação precária no HGVCrédito: Cleiton Douglas/WhatsApp
  Falta de insumos, medicamentos, macas, leitos, médicos e longas tempos de espera por atendimento. Essa é a situação do Hospital Getúlio Vargas (HGU), situado na avenida General San Martin, no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, e que foi mostrada através de uma denúncia feita por um leitor do FolhaPE, via WhatssApp (81879290), nesta segunda-feira (26).


  O vendedor Cleiton Douglas Lemos dos Santos, de 35 anos, foi até a unidade de saúde no dia 15 de maio, por conta de uma erisipela em uma das pernas, e se deparou com a precariedade dos serviços oferecidos no local. Além de esperar mais de 12 horas sentado em uma cadeira de rodas que nem pneu tinha, o paciente relatou que faltavam medicamentos, médicos, leitos e macas no hospital. “Depois que esperei esse tempo todo pra tomar a injeção, a enfermeira disse que não tinham mais seringas, caso fosse necessário ser aplicada outra dose”, explanou.
  Ele denunciou também que só conseguiu ser transferido da cadeira de rodas para uma maca, depois que pagou a quantia de R$ 20 a um funcionário. “Uma enfermeira chegou pra mim e me deu o ‘toque’ que tinha um maqueiro lá que conseguia um lugar melhor pra ficar, no caso uma maca, mas só que pra isso, eu tinha que pagar. É um absurdo, eu sei, mas não podia mais esperar naquela cadeira de rodas desconfortável, porque estava sentindo muita dor”, disse.
  Nas imagens é possível observar pacientes deitados em macas numa espécie de leito improvisado, que fica em um dos corredores da unidade de saúde. O HGV realiza mensalmente mais de 2 mil atendimentos na emergência e outros 12 mil no ambulatório; dispõe de 445 leitos, 17 salas no centro cirúrgico, 31 leitos de UTI e conta com o apoio de 2, 555 mil funcionários.
 Confira na íntegra a nota enviada pela Secretaria Estadual de Saúde, acerca da situação do HGV:
  "O Hospital Getúlio Vargas (HGV) reconhece que está atendendo uma grande demanda de pacientes, mas que todos estão sendo assistidos com o cuidado médico necessário. A lotação existe porque o hospital acolhe todos os doentes, mesmo quando não dispõe de leitos suficientes. Atualmente, a situação é agravada porque a emergência do hospital está em reforma e os pacientes foram transferidos para outro setor, com espaço reduzido. Quando a emergência nova for inaugurada, até o final do ano, o Getúlio passará de 50 para 100 leitos no setor, aumentando sua capacidade de atendimento e também possibilitando mais conforto aos doentes.
 O Hospital esclarece ainda que está abastecido de insumos e que as escalas de profissionais estão completas. Também é importante alertar que todos serviço prestado pelo HGV, como em todo o SUS, é gratuito. Então, se a população flagrar algum funcionário cobrando qualquer quantia, deve anotar o nome e denunciar, de imediato, à direção do hospital ou à Ouvidoria da Saúde, pelo 0800-2862828 (o anonimato é resguardado). De posse de informações e da comprovação dos fatos, o responsável será punido não somente administrativamente, como denunciado à Polícia".
Da: Folha PE.

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