segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Policial perde controle de carro e causa morte de uma pessoa em Paulista.

 Adriano Correia da Silva alega que o veículo conduzido por

 ele teve problemas técnicos.


Carro bateu em uma serralheria, que teve a fachada destruída / Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Carro bateu em uma serralheria, que teve a fachada destruída

Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem.


  Um homem morreu, uma criança de 10 anos ficou levemente ferida e, outras três pessoas atingidas. Esse foi o resultado da perda de controle de direção do policial militar Adriano Correia da Silva, 28 anos, lotado no 17º Batalhão, que subiu uma calçada em Jardim Paulista, município de Paulista, Grande Recife, no início da manhã deste domingo (3), destruindo parcialmente a fachada de uma serralheria e atingindo cinco pessoas que aguardavam um ônibus de turismo sob uma marquise.

  O PM alegou que o carro, um Gol, teve problema técnico, ficou sem controle, e capotou antes de atingir as vítimas. O condutor ficou no local do acidente e fez o teste de alcoolemia, que deu negativo. Por isso, não foi preso. Parentes das vítimas acreditam que o PM, que largou do plantão momentos antes, tenha dormido ao volante.

  O segurança André Barbosa da Silva, 43 anos, ficou gravemente ferido com o impacto do veículo. Foi levado para a UPA de Paulista, mas não resistiu. Seu estado era grave e ele não chegou sequer a ser transferido para um hospital. No fim da manhã, teve morte cerebral decretada, segundo parentes.

  Ele ia com a família e vizinhos passar o dia numa praia na Paraíba e esperava o ônibus fretado, por volta das 6h, em frente ao número 56 da Avenida Ministro Marcos de Barros Freire (antiga Avenida C). O sepultamento será hoje no Cemitério da Muribeca, mas a família só irá confirmar o horário após a liberação do corpo pelo IML, que deve ocorrer pela manhã.

  Familiares contaram que, inicialmente, acharam que o PM estava alcoolizado. “Ele saiu do carro muito atordoado, parecendo estar sob efeito de álcool. Teve uma reação de indiferença diante do cenário. Aparentou estar mais preocupado com o carro e a arma dele, enquanto meu cunhado estava quase morto no meio das ferragens e da marquise que caiu”, criticou a cunhada da vítima, Kátia Maria da Silva.

  O PM foi levado para a Delegacia de Paulista e ouvido pela delegada de plantão, Viviane Santa Cruz. A policial informou que o teste de alcoolemia foi solicitado pelo próprio militar, que também fez questão que um parente da vítima acompanhasse o exame.

  “O motorista em momento algum fugiu do local do crime ou se negou a prestar socorro. Como o exame de alcoolemia deu negativo, é preciso ouvir mais testemunhas e aguardar as perícias no carro para saber se houve falha técnica ou o condutor dirigia acima da velocidade da via, que é de 40 quilômetros por hora”, explicou a delegada Viviane Santa Cruz.

Do: JC  Online.

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