sábado, 23 de novembro de 2013

Obras inacabadas atrapalham pedestres na BR 101 Norte.


A partir do quilômetro 51, uma obra de calçamento dificulta a passagem de pedestres durante todo o trecho da rodovia que corta a cidade. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press
A partir do quilômetro 51, uma obra de calçamento dificulta a

passagem de pedestres durante todo o trecho da rodovia que corta

a cidade. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press




















  Não é uma tarefa fácil caminhar pelas calçadas e pelo canteiro central da BR 101 Norte, em Abreu e Lima. A partir do quilômetro 51, uma obra de calçamento dificulta a passagem de pedestres durante todo o trecho da rodovia que corta a cidade. Entulhos, pedras, areia e pedaços de concreto estão por toda parte e as pessoas que costumam andar ou pegar ônibus nas paradas localizadas na via precisam driblar os obstáculos ou se arriscar no meio da pista. Mas a obra de pavimentação não é o único problema no local. Falta de sinalização e buracos também são apontados pela população como os maiores transtornos.



  A moradora Miriam Feliciana, de 54 anos, mora em Abreu e Lima desde que nasceu e conta que os problemas se arrastam há muito tempo. “Caminho todos os dias por aqui e não vejo avanço. Apesar dos calçadões que foram construídos, nós não temos espaço suficiente para andarmos tranquilos por causa desse calçamento que não foi concluído há um ano. Nós perdemos espaço por causa disso. Em certos trechos andamos pela pista mesmo. É um perigo”, conta.

  Preocupado com o transtorno que a obra vem causando para a população, morador utilizou o Cidadão Repórter, fórum de jornalismo colaborativo do Pernambuco.com, para denunciar. “O calçadão implantado nos canteiros da BR 101 Norte, em Abreu e Lima, é um belo exemplo do desperdício do dinheiro público. Tem pedras espalhadas por vários trechos”, comenta o usuário do fórum, Fernando Melo.




 O revestimento das calçadas faz parte da construção do corredor exclusivo de ônibus Norte/Sul, que iniciou em 2012. No entanto, para os moradores locais a obra representa perigo, sobretudo para as crianças que atravessam diariamente a BR. “Esse canteiro central está um verdadeiro canteiro de obras. E essa nunca tem fim. A gente precisa ficar esperando praticamente na pista pra poder atravessar porque não tem calçada. Me preocupo muito por aqui ser área escolar e não ter sinalização. Infelizmente está muito perigoso, tanto para nós,   como para os estudantes”, lamenta a dona de casa.


  Apesar do pouco espaço que resta para o pedestre, muitos moradores utilizam as calçadas para praticar exercícios. A aposentada Maria José de Lima conta que sente falta de uma área de lazer no município. “Em todo canto que a gente vai tem uma Academia da Cidade, menos aqui. Por falta de um local reservado e mais seguro, caminhamos por aqui mesmo. Tenho medo, porque ando muito perto da pista, mas é o jeito, já que não tem espaço nesse calçadão todo quebrado”.

  Por causa do intenso fluxo de veículos, a espera para atravessar é longa e perigosa. Parte da pista está esburacada, o que provoca lentidão no trânsito. “Quando chega no fim da tarde se torna praticamente impossível atravessar aqui. Faço caminhadas diárias e só venho de manhã porque depois se torna perigoso. Além de não termos um local seguro, esperamos cerca de cinco a dez minutos para ir para o outro lado da via”, diz.

  De acordo com a Secretaria das Cidades, a pavimentação será concluída quando o corredor Norte/Sul for entregue. A previsão é para março de 2014. O percusso é de 33,3 Km e vai do Terminal Integrado de Igarassu e vai até a Estação Central do Metrô, no Centro do Recife. Ao todo, estão sendo investidos R$ 151 milhões.

Do: DP.

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