A coordenação não autorizou fazer fotos na área interna, mas a equipe do Pernambuco.com esteve no local e comprovou que a escola tem partes da estrutura sustentadas por vigas. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press |
A estrutura da Escola Municipal Miguel Arraes, localizada na rua Rui Barbosa, n°137, no bairro do Janga, Paulista, vem causando polêmica na região. Funcionários e responsáveis pelos alunos afirmam que o prédio está em estado de alerta por apresentar rachaduras e ferragens expostas nas vigas de sustentação.
A instituição abriga crianças do ensino infantil ao nono ano e está com o primeiro andar isolado. Apesar das denúncias da população, a Prefeitura do Paulista nega que o prédio tenha risco de desabar. A equipe de reportagem esteve no local, mas foi impedida pela coordenação de registrar a situação do interior do prédio.
Através do Cidadão Repórter, fórum de jornalismo colaborativo do Pernambuco.com, uma mãe de ex-aluno que preferiu não se identificar contou que transferiu sua filha por temer que maiores problemas possam ocorrer devido a estrutura deficiente da escola. “Há dois meses que a escola está toda rachada e a cantina está escorada por pedaços de madeira, então preferi transferir minha filha de lá. É melhor do que ter que tirá-la dos escombros depois”, diz.
Com aula nos três turnos e mais de 500 alunos matriculados, a escola está com três salas do andar de cima inutilizadas. Para Eliane Santos, 38 anos, que trabalha com serviços gerais, os problemas prejudicam os estudantes. “Muitas mães estiveram lá para cobrar uma atitude da direção em relação a esse prédio porque ele está em risco sim.
Estamos com medo do que possa acontecer. Meu filho chega em casa contando que está assistindo aula na biblioteca. É uma situação preocupante que causa revolta. Isso tudo vem atrapalhando no desempenho dos estudantes”, afirma.
A fachada pintada recentemente contrasta com as vigas de madeira que sustentam parte do prédio. De acordo com uma moradora, que não revelou sua identidade, a limpeza ao redor da escola e da quadra, que fica em um terreno anexo, também está precária.
“Além do risco de cair, falta limpeza. Ninguém limpa a quadra, nem os arredores. Está sempre com muito mato e lixo. Muitas vezes eu junto tudo e queimo porque se não, nenhum aluno consegue passar”, conta.
Em entrevista ao Pernambuco.com, o secretário de educação Tonico Valpassos, esclareceu que as colunas do pátio estavam comprometidas, mas que não indicam risco. “Pela avaliação do engenheiro da Secretaria de Infraestrutura, três colunas estão suspeitas, então foram colocadas vigas para escorar.
De acordo com o laudo, a base não está comprometida, então não exite risco. Pretendemos iniciar o serviço de reparo em 15 dias. O pátio será isolado ainda nesta semana por causa das obras”, garante.
Do: DP.
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