Além da sujeira, moradores e comerciantes reclamam do tráfico de drogas e da prostituição no local. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press. |
O Mercado Público de Conjunto Beira Mar, localizado no Janga, no Município de Paulista, está se tornando ponto de prostituição e de consumo de drogas. Sem pintura, limpeza precária e sem horário fixo para funcionamento, no Centro Comercial Vereador José Fonseca apenas três boxes ainda funcionam, a maioria se localiza no pátio ou na parte de fora do mercado. A noite apenas alguns bares permanecem abertos e o local que era para ser útil à comunidade local, gera insegurança e frustração.
Através de denúncia no Cidadão repórter, fórum de jornalismo colaborativo do Pernambuco.com, uma moradora que preferiu não se identificar afirma que a partir das cinco horas da tarde já evita sair de casa com medo do movimento que se forma em torno e na parte interior do mercado. “É um absurdo. Esse mercado está em estado de calamidade”, conta.
Diversas barracas desativadas ao lado do mercado, localizadas na rua Mirueira, transformaram-se em depósito de lixo. Os poucos comerciantes afirmam que não há manutenção no prédio e nem limpeza. “A iluminação daqui é precária e nem sempre tem água. Já precisei comprar água mineral para cozinhar. Já falei com o administrador, mas ele não faz nada pelo mercado”, afirma a comerciante Zuleide de Souza, 42 anos.
A falta de manutenção no Centro Comercial é motivo para o pouco movimento. “Qual o cliente que vai querer voltar em um lugar desse? O banheiro é uma sujeira só, nunca tem gente para limpar. E os boxes daqui já sofreram vários arrombamentos. Isso espanta a clientela”, justifica Aldenice Silva, 35 anos, que trabalha no local há 5 anos.
Sem a fiscalização devida, alguns estabelecimentos estão servindo de moradia. “As pessoas chegam aqui e invadem o mercado e ninguém faz nada. Tem até fossa estourada e ninguém vem consertar, bicho morto e ninguém tira. Estamos vivendo ao 'deus dará'”, desabafa Ricardo Flaris, 56 anos que há um ano alugou um box no mercado.
Para quem mora próximo, o sentimento é de frustração. A dona de casa Alice de Alcântara, 75 anos, vizinha do Centro de Compras há seis anos, conta que a situação sempre foi a mesma. “Aqui não se vê nada. Vivo trancada em casa. Não posso nem ficar sentada na minha calçada com medo. Esse mercado é uma podridão e ninguém organiza, deveriam então derrubar e fazer alguma coisa de útil”.
Procurada pela equipe do Portal, a Prefeitura de Paulista afirmou que há obra prevista no centro e a Secretaria de Administração Regional afirmou que em 60 dias irá realizar as “melhorias devidas” na área.
Do: Pernambuco.com.
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