quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Delegado fecha bar na Ilha de Itamaracá e prende vereador.



Biel (PRB) diz que foi alvo de deboche dos policiais que não acreditavam que ele seria vereador da cidade. Foto: Marcelo Andrade/Divulgação
Biel (PRB) diz que foi alvo de deboche dos policiais que não acreditavam que ele seria vereador da cidade. Foto: Marcelo Andrade/Divulgação
 O vereador da Ilha de Itamaracá Edielson Beserra Lins (PRB) se diz indignado. 

 O parlamentar, também conhecido como Diel, teve seu bar fechado pela Polícia Militar no último sábado (2) e foi encaminhado no mesmo dia para o Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), sendo liberado no fim da tarde desta segunda-feira (4). 

 O motivo da prisão, atesta Diel, foi uma discussão num bar de sua propriedade no município. No momento, ele tentou intervir junto a um funcionário que apartava uma briga. O problema foi quando os policiais chegaram: o político se apresentou como “vereador” da cidade. Os agentes não acreditaram e acharam que se tratava de um deboche.

 Câmeras de um circuito interno, próximas a Praça do Pilar, onde aconteceu a confusão, mostram o momento da discussão do vereador com os policiais.

  O delegado Gilmar Rodrigues acusou o vereador de resistência à prisão e desrespeito à autoridade policial, defendendo a tese de que o parlamentar estaria causando tumulto no local. 
 Durante uma entrevista ao programa Cardinot Aqui na Clube desta segunda-feira (4), da TV Clube/Record, o delegado chegou a afirmar que o estabelecimento do político “era um recanto conhecido da fuleragem” na cidade e que até o Ministério Público tinha interesse em fechar o comércio.

 Diel conta que, logo após o cessar da confusão, ele foi para casa normalmente. Porém, recebeu a informação de um funcionário que o bar estava sendo lacrado pela Polícia Militar. 

 Ele retornou ao comércio e pediu mais explicações ao delegado. A tentativa foi frustrada. Diel acabou sendo preso e encaminhado ao Cotel. “Nunca tinha entrado no presídio. Para mim, foi uma humilhação muito grande. Só Deus sabe o que eu passei ali dentro”, comentou.

 Apesar de considerar a intervenção da polícia arbitrária, o vereador reconhece que o estabelecimento não tinha alvará de funcionamento. “Estava atrasado por um mês. 

 Mas meu trabalho como político nas comunidades e na Câmara Municipal acabavam tirando meu tempo. Eu já tinha procurado a Prefeitura de Itamaracá para resolver estas pendências. Quando eles fecharam o meu bar, não deram qualquer justificativa”, ponderou.

 O presidente da Câmara Municipal da cidade, George Augusto Albuquerque (PPS), afirmou que serão tomadas medidas judiciais e administrativas. “Vamos aprovar um Voto de Repúdio contra atos praticados pelo delegado Gilmar Rodrigues. 

 Encaminharemos cópia do voto e as imagens para o Ministério Público e à corregedoria da Secretaria de Defesa Social e, ainda, para a Presidência da União dos Vereadores de Pernambuco e Assembleia Legislativa do Estado”, explica o presidente. 

 Os políticos da cidade querem “expulsar” o delegado do município.

Do: Pernambuco.com.

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