Cartão-postal de Itamaracá, local passou por obras e será reaberto nesta segunda-feira.
As obras duraram dez meses e custaram R$ 303 mil, recurso oriundo do Ministério da Cultura, repassado ao Iphan. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press |
Fechado há dois anos para obras de restauro, o Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte do estado, enfim, está pronto para ser reaberto nesta segunda-feira. O monumento histórico ganhou novas telhas, rampas de acesso e passarelas. Parte da estrutura em madeira também foi trocada. O forte reabre as portas ao público retomando seu posto de cartão-postal de Itamaracá, junto às praias. Em plena temporada de verão, a reabertura é sinônimo de programação dupla: praia e cultura num só lugar.
A fortaleza é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938, devido à sua importância histórica e relevância arquitetônica. As obras duraram dez meses e custaram R$ 303 mil, recurso oriundo do Ministério da Cultura, repassado ao Iphan. Cerca de 60% do madeiramento e das telhas foram substituídos. As instalações elétricas e hidráulicas foram trocadas, assim como todas as esquadrias. O local ainda recebeu ações de pintura e descupinização.
Desde a década de 80, o local não passava por obras de requalificação. “O público merece essa reabertura. É necessário contar essa história”, explicou o superintendente do Iphan no estado, Frederico Almeida. Feita em pedras calcárias brasileiras, a edificação é um importante exemplar da arquitetura militar seiscentista. “A memória tem diversos suportes. Um deles é o patrimônio imaterial. Ao se apropriar de um bem como esse a pessoa conhece a sua história. A restauração aproxima a comunidade”, informou a arquiteta Maria Lopes.
Além da reforma, o destino turístico conta agora, também, com uma rota arquitetônica. A pé, durante 20 minutos, os visitantes podem conhecer as principais áreas da edificação secular, como os quatro baluartes, a praça das armas, guarita, casa de pólvora, capela e os antigos poços. A edificação foi alvo de uma prospecção feita pela UFPE entre 2002 e 2003.
O mapeamento foi custeado pela Holanda. “O forte estava fechado, abandonado, mas representa história viva. Nós faremos o resgate da história. A população é beneficiada. Na prática, todos têm a ganhar com as obras de restauro”, acrescentou a responsável pelo Forte Orange, Wilka Mendes.
O trajeto será acompanhado por um monitor. No piso, placas em concreto revestidas em alumínio contam um pouco da história de cada um dos marcos. Elas são bilíngues (inglês e português) e não estão fixadas ao chão. “Com isso, evitamos perfurações, preservando as características”, disse o design gráfico Aurélio Barreto. O estudante Leonardo de Andrade, 19 anos, é um dos monitores. “Antes do local ser fechado eu já trabalhava aqui. O forte não mudou muito ao longo dos anos”, falou.
Serviço
Reabertura do Forte Orange
Visitações públicas: terça a domingo, das 9h às 17h
Entrada: gratuita
Informações: 3544-1080.
Do: Pernambuco.com
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Do: Pernambuco.com.
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