segunda-feira, 23 de julho de 2012

Greve dos policiais civis de Pernambuco começa nesta segunda. Cartilha orienta como categoria deve proceder.


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Apenas flagrantes e serviços considerados essenciais vão permanecer funcionando
Foto: Alexandre Severo/JC Imagem/Arquivo


Pernambuco vai sediar mais uma greve de uma categoria essencial para a segurança da cidade: a partir da 0h desta segunda-feira (22), os policiais civis do Estado paralisarão as atividades, só atendendo 30% dos serviços, os considerados "essenciais e inadiáveis", como registros de flagrantes apenas nas delegacias de plantão - Casa Amarela, Santo Amaro, Várzea, Cordeiro, Boa Viagem, Paulista, Prazeres e Olinda (Casa Caiada) - e perícias em local de crime. A categoria decretou estado de greve na última terça-feira (17)após assembleia realizada na sede do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), no bairro de Santo Amaro.


Durante o primeiro dia de greve, os policiais vão passar nas delegacias do Grande Recife para avaliar o movimento, colocando faixas com textos de protesto como "Por melhores condições de trabalho" e "Polícia Civil de Pernambuco, um dos piores salários do Brasil". Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 65%, adicional noturno, horas-extras, vale-refeição e melhorias de locais de trabalho e equipamentos de segurança, como coletes à prova de bala, entre outras medidas.
"Com esse reajuste de 65%, estamos querendo consertar uma distorção que existe na remuneração dos policiais. Um comissário em final de carreira, depois de 30 anos de serviço, recebe R$ 4500, enquanto o primeiro salário de um delegado é de R$ 7500", destaca o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho. O presidente complementa, falando que várias viaturas não tem xadrez (tela que separa os bancos dianteiros do traseiro) e sobre a questão do colete à prova de balas. " Não há número suficiente de coletes para toda a corporação".
SAIBA MAIS:
» Governo estadual se reúne com policiais civis mas estado de greve é mantido






Uma cartilha foi disponibilizada no site do Sinpol explicando como os grevistas devem proceder durante os dias de paralisação. Algumas medidas como deslocamento de viaturas apenas para fins laborais, realização de perícias só depois de autoridade policial comparecer ao local do crime e atender chamadas em telefone pessoal apenas em caso de investigação em curso constam na cartilha. Escrivães e peritos também estão orientados a só ouvir testemunhas e realizar interrogatórios no caso de flagrantes.


Na próxima quinta-feira (26), haverá nova assembleia para avaliar os quatro dias da greve, na sede do Sinpol, a partir das 17h.
MOBILIZAÇÕES - Desde março deste ano, os policiais civis já realizaram seis assembleias, duas paralisações de 24h e vários atos de protesto, com destaque para as manifestações que aconteceram em Caruaru e Garanhuns.


Confira o que para durante a greve:
Registro de boletins de ocorrência;
Investigação, diligências e requisitórios;
Cumprimento de mandado de prisão (com algumas exceções);
Expedição e cumprimento de intimações;
Ouvida de testemunhas, interrogatórios e expedição de intimação;
Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).
Do: NE 10.

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