quinta-feira, 17 de maio de 2012

O herói ignorado pelo seu próprio povo.


O General Abreu e Lima, um dos libertadores da América, é o personagem principal do romance histórico de Paulo Santos de Oliveira, lançado nesta quarta-feira.


Com pouco mais de 20 anos, José Inácio, já preso, foi obrigado a assistir à execução do seu pai, Padre Roma, condenado por participar da Revolução Pernambucana de 1817. O ímpeto revolucionário estava impresso em seu sangue, mas ele ainda iria superar a fama do seu progenitor: José Inácio se tornaria o general Abreu e Lima, uma das figuras marcantes do processo de libertação das colônias latino-americanas da dominação espanhola. A figura histórica foi transformada pelo jornalista e escritor Paulo Santos de Oliveira em personagem (e narrador) literário no livro O General das Massas – a epopeia do brasileiro libertador das américas (Nova Editora, 448 páginas, R$ 45), lançado nesta quarta-feira (15/5), às 19h, na Assembleia Legislativa.

O interesse de Paulo pela história pernambucana não é recente. Antes de O General das Massas, ele havia publicado, em 2007, A noiva da revolução, romance passado no período da Revolução Pernambucana de 1817. A obra o levou naturalmente a continuar pesquisando sobre o tema, detendo-se na biografia de Abreu e Lima que, a despeito de dar nome a uma cidade pernambucana, é quase um desconhecido no País e no Estado.

“O que me fez escrever sobre ele não foi só o personagem em si, mas também o fato dele ser o elo de ligação entre Brasil e Pernambuco e as revoluções do continente”, explica Paulo. “E Abreu e Lima não era interessante só do ponto de vista político: a vida pessoal dele, apesar de pouco documentada, é quase um romance em si”.
Para Paulo, então, contar a vida de Abreu e Lima é falar da formação da própria América Latina. A narrativa – mais uma história romanceada do que um romance histórico – é construída a partir da voz do próprio personagem, que faz uma espécie de mea culpa ao lamentar o fato de ser pouco conhecido no País em que nasceu. “Aqui, estive apenas com os perdedores, e como a História é escrita pelo outro lado, o resultado é esse”, afirma o Abreu e Lima da obra.

Leia a matéria no Caderno C, do Jornal do Commercio, desta quarta-feira (15/5).
Do: Jornal do Comércio.

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