sábado, 28 de abril de 2012

Lavadeira faz festa no Recife Antigo.

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Karynna Spinelli é uma das atrações da festa no Recife Antigo

 
O Recife Antigo já se prepara para receber a 26ª edição da Festa da Lavadeira, o maior festival da cultura popular de Pernambuco e Nordeste do Brasil, que acontece no Dia do Trabalho, 1ª de maio. Depois de 25 anos de muito sucesso, a festa este ano será realizada no Recife, consolidando-se como um grande espetáculo de músicas, ritmos, danças, história, tradição e cultura. Com uma média de público de 80 mil pessoas em todas as edições, este ano se espera que 100 mil pessoas compareçam às ruas do Recife Antigo para prestigiar o evento, que começa às 10h e vai até às 22h.

Mais de 50 grupos culturais se apresentarão durante todo o dia, promovendo o encontro da identidade e diversidade cultural de todo o Nordeste. Para isso serão montados 4 palcos pelo bairro – Mar, Rio, Terra e Lama – além de cortejos que passarão pelas ruas históricas até a Rua Bom Jesus. São mais de 40 técnicos envolvidos no processo de montagem da estrutura e cerca de 270 seguranças durante os festejos para garantir a segurança de todos. No dia da festa, a CTTU vai interditar a ponte giratória, que dá acesso ao Marco Zero.

A festa acontecia tradicionalmente na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, mas este ano expande seus horizontes e chega ao Recife prometendo uma efervescência cultural semelhante ao mundialmente conhecido Carnaval da cidade. É o que conta o diretor presidente do evento, Eduardo Melo: “Vamos trazer o mesmo formato da Praia do Paiva para o Recife. A expectativa é que esse mudança dê mais visibilidade ao evento e valorize a cultura do nordeste”.

O Palco do Mar está posicionado no Marco Zero, um dos pontos turísticos mais bonitos e visitados do Recife. Durante a programação se apresentam orquestras de frevo, maracatus, afoxés e grupos de samba. Lia de Itamaracá também se apresenta por lá e promete fazer uma grande ciranda no Marco Zero. Claudionor e Nonô Germano também fazem uma participação especial na festa.

Na Rua da Moeda fica o Palco da Terra, onde haverá a apresentação dos bonecos gigantes de Olinda, da Troça Pitombeira dos Quatro Cantos e da Escola de Samba Preto Velho. Alguns grupos realizarão um cortejo partindo do Palco da Terra, seguindo pela Av. Marques de Olinda e finalizando na Rua do Bom Jesus. A boneca da Lavadeira e seu estandarte também partem de lá com destino ao Marco Zero. A Av. Marques de Olinda será especialmente batizada durante o evento de Rua da Lavadeira, onde passarão todos os cortejos da programação.

Já o Palco da Lama ficará na Praça do Arsenal e apresentará uma grande diversidade de ritmos. Côco, pife, samba de roda, pastoril, mazurca e maracatu. Os estados de Alagoas e Bahia serão representados na festa pelos grupos Chau do Pife e Samba de Roda Brilhante de Irará, respectivamente. Grupos de várias cidades de Pernambuco, como Petrolina, Agrestina, Arcoverde, Cabo de Santo Agostinho e Olinda, também farão apresentação no Arsenal.

O Palco do Rio fica na Rua do Observatório e também contará com uma mistura cultural. Vão se apresentar grupos tradicionais de côco, rabeca, forró de oito baixos, mazurca, pretinhas do congo e afoxé.

Um dos objetivos do evento é, além comemorar do Dia do Trabalho, difundir e promover a valorização da cultura popular tanto de Pernambuco como do Nordeste. Há 25 anos que a Festa da Lavadeira vem gerando renda, inclusão social e apoiando o artista popular em suas edições. E esse ano não vai ser diferente, pois a proposta é de incentivar o público a manter a tradição cultural viva através eventos populares como esse.

No ano de 2009, a Assembleia Legislativa de Pernambuco decretou, por meio da Lei nº 13.042, a Festa da Lavadeira como patrimônio Cultural e Imaterial do estado de Pernambuco. A ementa da lei conta a justificativa de que “a Festa da Lavadeira contribui para a manutenção de um número significativo de grupos de expressão da cultura popular existentes em recantos simples e distantes dos grandes centros urbanos”. Com isso dá para perceber a grandiosidade do evento e sua relevância para a cultura do estado e da região Nordeste.

Fonte: NE10.

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