sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Parlamentares criticam horários de jogos de futebol.

Paulo Cezar de Andrade Prado (blog do Paulinho), Célio René Trindade (secretário de Esporte do DF), dep. Edivaldo Holanda Júnior (PTC-MA), João Herminio Marques (presidente da Frente Nacional dos Torcedores), Afonsinho (ex jogador de futebol), Ricardo Gomide (diretor de futebol profissional- MTD)A audiência da Comissão de Legislação Participativa sobre futebol e democracia foi dominada pela discussão sobre a disputa política e das emissoras de TV na definição dos horários de jogos do campeonato brasileiro. O debate foi proposto pelo deputado Edivaldo Holanda Junior (PTC-MA), a partir de sugestão da Frente Nacional de Torcedores.
O deputado Vitor Paulo (PRB-RJ) afirmou que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Rede Globo e o Clube dos 13 definem os horários dos jogos sem consultar o torcedor. Não há, segundo ele, uma preocupação com o horário mais adequado para o torcedor que trabalha. As definições são feitas baseadas em interesses comerciais na grade de programação das emissoras, especialmente da Rede Globo.
Ele afirmou que, infelizmente, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não aceitou o convite para participar do debate e nem enviou um representante. A ausência dele, segundo Vitor Paulo, demonstra um desrespeito pela Câmara dos Deputados e pelo torcedor.


Trabalhador desrespeitado
O presidente da Frente Nacional dos Torcedores, João Hermínio Marques, também criticou os horários dos jogos. "Hoje, o jogo tem sido sobremesa de novela. Começa sempre depois da novela, às vezes em horários estapafúrdios. Horários que vão na contramão da realidade do trabalhador brasileiro."
O deputado Fernando Ferro (PT-PE) acredita que a audiência é apenas o começo de uma discussão, que precisa ser feita para tornar o negócio do futebol brasileiro mais transparente. Ele afirma que a parte visível do futebol no Brasil – os espetáculos nos estádios – constitui apenas 10% da realidade vivida por clubes, patrocinadores, jogadores e torcedores. O restante, segundo ele, é “lama submersa”, que precisa vir á tona.
O jornalista Paulo Cezar Andrade Prado e o ex-jogador Afonso Celso Garcia Reis (Afonsinho) também afirmam que há muitos problemas ocultos e apontam práticas pouco democráticas nas relações entre clubes, jogadores e torcedores. "O mundo do futebol trata a democracia entre aspas. Ele mascara a ditadura como uma falsa democracia", afirma Prado.
Já na opinião do ex-jogador Afonsinho, as confederações, federações e clubes "são organizações de caráter monárquico que não cabem mais no mundo de hoje".

Fonte: Agência Câmara.

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