domingo, 18 de dezembro de 2011

MORRE NO RIO ATOR E DIRETOR SÉRGIO BRITTO.


Morreu na manhã deste sábado (17) o ator e diretor Sérgio Britto. Ele estava internado no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, desde o dia 14 de novembro com problemas cardíacos e faleceu às 6h35 de insuficiência respiratória aguda. A informação foi confirmada pela assessoria da Rede D'Or.

Ator, diretor e empresário brasileiro, Britto dedicou a vida aos palcos desde 1945, quando participou de uma montagem da peça "Romeu e Julieta", no Teatro Universitário. Atuou e dirigiu mais de 130 peças. Trabalhou no grupo Teatro dos Doze, no Teatro de Arena, no Teatro Brasileiro de Comédia e fundou, ao lado de Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Fernanda Montenegro e Fernando Torres, o Teatro dos Sete, no final dos anos 60.
Foi também o criador do Grande Teatro Tupi e do Teatro dos Quatro, no Rio de Janeiro, acompanhado por Paulo Mamede, Mimina Roveda e José Ribeiro Neto.
Em entrevista ao jornal O Globo, em agosto de 2008, Fernada Montenegro resumiu o valor da amizade com o ator, construída através da parceria feita dentro e fora dos teatros. "Ele é um dínamo, um animador cultural, um fazedor de cabeças. E sua casa reflete isso. A casa de Sérgio é um clube. E eu sou sócia desse clube há mais de 50 anos."
Sérgio Britto é considerado um dos maiores nomes do teatro no Brasil e recebeu, durante sua carreira, os mais importantes prêmios de atuação e direção teatral. Ganhou três prêmios por suas direções em "Os Veranista", de Gorki; "Papa Highirte", de Vianinha, e "Rei Lear", de Shakespear – por ela recebeu o Prêmio Molière Especial. Já dirigiu algumas óperas, dentre elas "A Traviata" e "O Guarani".
Em 2010, lançou sua biografia - “O teatro e eu” - escrita por Luiz Felipe Reis, e publicada pela editora Tinta Negra. Em entrevista ao Jornal do Brasil, em maio de 2010, disse que o livro retrata a história de um ator que começou “de brincadeira”. Formado em medicina em 1948, ele revela que incialmente não encarava os palcos como uma possível profissão.
Neste ano, ele dividiu os palcos com Suely Franco na peça "Recordar é Viver", dirigida por Eduardo Tolentino, e com texto de Hélio Sussekind.

O corpo do ator será velado na tarde deste sábado, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no Centro. O velório está previsto para começar às 16h. O enterro será realizado às 11h do domingo (18).
Cabral lamenta morte
Em nota, o governador Sérgio Cabral lamentou a morte do ator. "Morre um dos maiores atores da história da dramaturgia brasileira. Culto, elegante, sarcástico, explorou todos os canais de comunicação para a sua arte. Entretanto, no teatro foi o maior. Decretarei luto por 3 dias à memória desse grande brasileiro".
Para o presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), a perda é um golpe duro para o estado. “Perdemos um grande homem, um grande ator e um grande defensor da cultura no nosso País”, afirmou

Fonte: G1/pe

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