sábado, 25 de julho de 2015

PPP do Saneamento faz dois anos com 32% de índice de coleta de esgoto.

Diretor da Odebrecht Ambiental em Pernambuco garante que

 escândalos não comprometem o programa.


Até agora, foram investidos cerca de R$ 300 milhões, sendo R$ 40 milhões de dinheiro público. A implantação de novos sistemas chegou, por enquanto, a Pau Amarelo, Imbiribeira e Nossa Senhora do Ó

Foto: Guga Matos/JC Imagem

Em dois anos do Programa Cidade Saneada, o índice de coleta de esgoto na Região Metropolitana do Recife e Goiana saltou de 30%, em 2013, para os atuais 32%. O aniversário do projeto acontece em meio ao período chuvoso e de constantes alagamentos e transtornos. Os dois anos foram dedicados principalmente a elaboração de projetos e recuperação e implantação de sistemas. 

A chamada Parceria Público Privada (PPP) do saneamento, que abarca 15 municípios e 3,7 milhões de habitantes, é um projeto de R$ 4,5 bilhões (o maior do País para a área), sendo R$ 3,5 bilhões do consórcio liderado pela Odebrecht Ambiental (braço do Grupo Odebrecht) e R$ 1,5 bilhão do Estado. O prazo de operação, manutenção e ampliação é de 35 anos. A previsão é que os 12 primeiros anos concentrem 80% dos investimentos, para atingir um índice de coleta de 90%.

Apesar de analistas preverem que companhias podem ter dificuldades na obtenção de financiamento por causa da Lava Jato, o diretor da Odebrecht Ambiental em Pernambuco, Pedro Leão, assegura que a PPP não será comprometida. “Há o impacto do problema político e econômico que o País vive”, diz. Pelo contrato, a holding tem que aportar no projeto 10% do total de investimento previsto para o ano seguinte. O faturamento previsto, diluído nos 35 anos, é de R$ 16, 7 bilhões. A taxa de retorno, em torno de 8,4%. Ambos as metas estão sendo atingidas, segundo a Compesa.

Até agora, foram investidos cerca de R$ 300 milhões, sendo R$ 40 milhões de dinheiro público. A implantação de novos sistemas chegou, por enquanto, a Pau Amarelo, Imbiribeira e Nossa Senhora do Ó – o que não significa que estão 100% concluídas. Atualmente há obras em andamento no Janga, Olinda, Cordeiro, Cabanga, Porto de Galinhas e São Lourenço da Mata. Os próximos investimentos, entre o fim deste ano e o início do próximo, serão feitos em Goiana, Jardim São Paulo (que deveria ter começado em julho), Prazeres e Cabo de Santo Agostinho.

A respeito dos alagamentos constantes, o presidente da Compesa, Roberto Tavares, reforça que o sistema não depende apenas da companhia. É diretamente impactado pela situação das galerias, do lixo e da coleta. Segundo a companhia, atualmente 100% das solicitações são atendidas num prazo de até 48 horas.

Segundo a Compesa, estão previstos R$ 700 milhões para os próximos três anos, sendo R$ 600 milhões privados e R$ 100 milhões públicos. De acordo com o diretor de novos negócios da Compesa, Ricardo Barretto, há locais críticos, como Itamaracá, Araçoiaba e Goiana, com índice zero de coleta. Os melhores índices estão no Recife, Paulista e Olinda, entre 30% e 35%. Segundo ele, o projeto para Goiana está em elaboração. Serão cinco sistemas, a começar pela sede do município.

Do: JC Online.

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