Grupo critica prefeitura por falta de documentos em projeto habitacional.
Eles fecharam rodovia e seguiram para sede do governo municipal.
Um grupo de moradores de Paulista, Região Metropolitana do Recife, fechou um trecho da PE-15, com queima de pneus e objetos, durante a manhã desta terça-feira (10). Eles pedem abertura de diálogo com a prefeitura do município em relação às obras do projeto “Minha casa, minha vida”, do Governo Federal. Ainda pela manhã, a rodovia foi desbloqueada e os manifestantes seguiram para a sede da prefeitura.
“Depois de oito anos, conquistamos 14 hectares para construir 832 moradias pela ‘Minha casa, minha vida’, mas a gente depende do governo municipal e estadual para dar autorização. O prazo é até junho e até agora não tivemos conversa”, critica o coordenador geral da Organização de Luta dos Movimentos Populares de Pernambuco (OLPP), Paulo André.
De acordo com o movimento, faltam os documentos de Estudo de Impacto da Vizinhança (EIV) e o projeto de partido urbanístico, que traz os parâmetros urbanísticos que a prefeitura tem para construir qualquer imóvel na cidade. “Faz dois meses que temos cobrado da prefeitura e nada. Temos que entregar até o final deste mês ou perdemos os recursos que estão em Brasília”, afirma André. Os manifestantes também pedem aumento no valor do auxílio moradia para R$ 250; a quantia recebida atualmente é de R$ 150.
Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Paulista informou que uma comissão do OLMP foi recebida por dirigentes do município para discutir o pleito dos manifestantes. Sobre o terreno que foi mencionado pelo grupo, a administração municipal explica que houve uma chamada pública para adesão ao programa da Caixa Econômica e a OLMP é uma das instituições inseridas na iniciativa.
De acordo com a prefeitura, cerca de 140 famílias já foram beneficiadas com apartamentos do Conjunto Residencial Bonaparte. Eles preveem que mais 192 unidades do mesmo habitacional serão entregues ainda neste ano. A gestão ainda informou que 700 famílias serão acomodadas no conjunto Nossa Prata, que fica em Maranguape II, na PE-22. Em relação ao reajuste do valor do auxílio moradia, a prefeitura aponta que não há condições de aumentar o valor fornecido por causa das determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe um controle nos gastos municipais.
Do: G1/PE.
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