segunda-feira, 9 de junho de 2014

Prejuízo fecha unidade do supermercado Arco-Íris em Abreu e Lima.

  Primeiros cálculos do prejuízo eram de R$ 700 mil, entre

 produtos alimentícios e eletrodomésticos e eletroeletrônicos,

 que também eram vendidos na unidade.


 / Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem

  Uma das principais redes de supermercados do Estado, a Arco-Íris, não conseguiu superar os saques de que foi vítima na madrugada de 14 de maio em Abreu e Lima durante a greve da Polícia Militar. A loja fechou de forma definitiva. Até o início de maio, a marca operava com 20 unidades. Agora são 19. “Além de levarem todos os produtos, destruíram todos os equipamentos que não puderam levar, máquinas, ilhas de refrigeração, tudo”, disse o dono da rede Arco-Íris, Edvaldo dos Santos. A loja funcionava há 11 anos em Caetés Velho.

 Segundo o empresário, os primeiros cálculos do prejuízo eram de R$ 700 mil, entre produtos alimentícios e eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que também eram vendidos na unidade. “Depois disso, passamos a incluir na conta os equipamentos quebrados e a nossa conta chegou a R$ 1,8 milhão. Não temos esse dinheiro para investir, temos outros compromissos”, lamentou. 

 A empresa se comprometeu com outros financiamentos para melhoria de 15 supermercados da rede, com reformas que incluem itens de conforto como climatização. 

 Por estar com uma dívida grande, o empresário achou melhor não se endividar mais para reerguer a loja destruída. Ele diz que os recursos correspondem a um investimento em outra loja. Com uma margem de lucro de 2%, o investimento de R$ 1,8 milhão seria recuperado depois de 36 meses de operação, segundo o empresário. De 65 funcionários, 15 serão desligados e o restante será redistribuído nas outras lojas. 

 Segundo informações de um funcionário, o Arco-Íris de Abreu e Lima faturava uma média de R$ 1 milhão por mês. Segundo Santos, a loja respondia por 5% do faturamento da rede. Além do Arco-Íris, o supermercado Todo Dia, instalado na mesma rua, também foi saqueado. Do grupo americano Walmart, a loja voltou a funcionar neste final de semana e segundo informações de funcionários, o prejuízo lá foi de R$ 700 mil. 

 Os comerciantes que vivem no entorno dos dois supermercados, na Rua Ananias Lacerda de Andrade, apesar de não terem tido suas lojinhas atacadas, sentem até hoje os efeitos dos ataques, 20 dias depois. “O fluxo de clientes diminuiu muito. Estamos vendendo 40% a menos. As pessoas que vinham fazer sua feira estão indo para outros lugares e perdemos esses clientes. Estamos com venda de feriado todos os dias. Espero que outro grupo abra logo um novo supermercado no lugar”, disse Hamilton Bezerra, ao lado da filha Priscila Bezerra, que tocam a Farmácia Descontão.

 Na Rua Duque de Caxias, no centro de Abreu e Lima, os comerciantes voltam aos poucos à vida normal. Ainda há algumas lojas sendo recuperadas, mas a maioria já funciona. O problema são as vendas. “Caiu muito, não sei explicar o porquê, mas desconfiamos que as pessoas ainda estão com medo”, disse o gerente da Credimóveis Novo lar, José Câmara. 

Do: JC Online.

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