sábado, 16 de novembro de 2013

Refugo da obra no Geraldão vai para catadores.

  Ferro, alumínio e outros materiais recicláveis retirados da 

reforma do ginásio serão oferecidos a cooperativa de 

catadores.


  Toneladas de alumínio, plástico, ferro, vidro, madeira e papel retirados na reforma do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão), na Imbiribeira, Zona Sul do Recife, serão repassadas para catadores ligados à Central de Cooperativas de Recicláveis de Pernambuco (Cecorpe). Além de dar um destino ambientalmente correto ao material reciclável, a iniciativa vai incrementar a renda de cerca de 200 famílias que fazem parte da Cecorpe e residem na Região Metropolitana do Recife. O ginásio tem 42 anos. A obra começou em julho e deve durar dois anos.

  “É a primeira vez no Estado que uma obra pública realiza ação como essa. A ideia é tornar a obra o mais limpa possível”, explica o diretor-presidente do Geraldão, Paulo Cabral. “Computadores que viraram sucata, lonas velhas, móveis, portas, tudo que pode ser reaproveitado vai ser entregue para reciclagem”, diz Paulo. A estimativa é de que mais de 30 toneladas de resíduos recicláveis passem para a central de cooperativas. Convênio entre a Prefeitura do Recife e a Cecorpe será assinado na segunda-feira 18.

  Segundo a gestão municipal, a comercialização desses produtos resultará em um incremento aproximado de 75% na renda familiar dos catadores, passando de R$ 400 mensais para cerca de R$ 700. Treze cooperativas integram a Cecorpe – sete do Recife, duas de Abreu e Lima e uma em cada um dos seguintes municípios: São Lourenço da Mata, Camaragibe, Igarassu e Itamaracá. “A prefeitura vai economizar, pois nós é que vamos retirar o material reciclável do Geraldão. O convênio é importante porque reconhece o trabalho do catador”, diz o presidente da Cecorpe, José Cardoso.

  O investimento na reforma é de R$ 34 milhões. A cobertura do ginásio já foi totalmente retirada. A nova estrutura metálica deverá chegar no início de dezembro, com instalação prevista em 60 dias. O novo teto manterá o padrão arquitetônico anterior. A gerente de engenharia do Geraldão, Ana Cláudia Lapa, informa que somente da cobertura saíram cerca de 14 toneladas de metal, já repassados para os catadores.

  “A madeira do piso vai ser reaproveitada para colocar no rodapé. Contratamos uma empresa para levar a metralha e dar destino correto a ela. Metade das 3 mil cadeiras vai para a Secretaria de Educação, que pretende colocá-las em quadras de escolas. A outra metade será para a Cecorpe”, informa Ana Cláudia.

  Em vez de ar condicionado, o ginásio terá uma nova tecnologia de refrigeração, mais barata e ecológica. Uma máquina, abastecida por energia solar, suga o ar externo e o faz passar por uma espécie de cachoeira de água gelada, que o resfria. Ao mesmo tempo, o ar quente sai por outro caminho. Assim, o ar é constantemente renovado e se mantém numa temperatura amena.

Do: JC Online.

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