Aposta da empresa é no mercado internacional.
Para Marcelle, grande filão é a vontade das estrangeiras de ter cabelo parecido com o das brasileiras
Edmar Melo/JC Imagem
No ano em que completa 25 anos, a pernambucana Rishon anuncia que vai transferir sua fábrica do bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife, para o Polo Farmacoquímico de Goiana, na Mata Norte do Estado. A empresa, especializada em produtos para o cabelo, estima que irá investir cerca de R$ 8 milhões na nova planta. O projeto arquitetônico ficará a cargo da paulista Loeb Capote Arquitetura e Urbanismo, conhecida pela tendência sustentável e que tem no currículo projetos para Avon e Natura.
A Rishon tem adotado um caminho interessante para crescer. Em vez de tentar comercializar com o já acirrado mercado do Sul e Sudeste do Brasil, a companhia, essencialmente familiar, tem preferido apostar no comércio internacional. O filão? A vontade das mulheres de terem um cabelo parecido com o das brasileiros.
Atualmente a Rishon exporta para Líbia, África do Sul e Itália. A prospecção dos novos clientes é fruto, sobretudo, da participação em grandes feiras segmentadas, a exemplo da Cosmprof Worldwide Bologna, na Itália, considera a maior do mundo. Este ano, a Rishon participou do evento pela segunda vez.
“É muito comum ver lá fora produtos informando ‘fórmula brasileira’ na embalagem. As mulheres adoram”, diz a diretora da Rishon, Marcelle Sultanum. “Se temos a expertise e produzimos com uma qualidade muito maior, por que não apostar?”, explica.
“O Brasil é considerado referência mundial quando o assunto é cabelo. Assim como a Europa para pele e os Estados Unidos para maquiagem”, complementa.
Segundo ela, as exportações ainda representam um percentual baixo do faturamento da empresa. Não chegam nem a 10%. Mas os investimentos para o mercado externo já superam a marca dos 20%. Ela acredita que a tendência é colher os frutos nos próximos anos, inclusive com mais participações em feiras e rodadas de negócios internacionais.
No polo, a fábrica será instalada num terreno de 9 mil m², cedido pelo governo do Estado, com algumas contrapartidas, a exemplo da necessidade de implantação do negócio em até cinco anos. Embora ainda não esteja com a escritura do terreno, o local já está sendo limpo para acelerar o processo.
Por baixo, serão geradas mais 50 vagas de empregos diretos, que irão se somar aos cerca de 70 postos já existentes. Marcelle pretende automatizar a produção o máximo possível, com a compra de máquinas modernas.
O carro-chefe da Rishon é a marca Tutanat. São cerca de 100 produtos no portfólio, entre escova progressiva, alisante, shampoo, hidratante, condicionador, creme para pentear, neutralizante, reparador de pontas.
Os pontos de vendas estão concentrados no Norte e Nordeste do País, com alguns em Curitiba e São Paulo, em menor quantidade. A Rishon está presente nas prateleiras de lojas especializada e farmácias.
Do: JC Online.
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