domingo, 9 de setembro de 2012

Saiba como montar um plano de negócios e turbine seu empreendimento.

Em 1990, Miraci Ianino decidiu fazer biquínis e saídas de banho por encomenda. A ideia gerou a bem-sucedida Beijo de Lua (Ricardo Fernandes/DP/D.A Press)
Em 1990, Miraci Ianino decidiu fazer biquínis e saídas de banho por encomenda. A ideia gerou a bem-sucedida Beijo de Lua
Não Não subestime os quitutes preparados na cozinha de casa para revenda ou a costura por encomenda produzida na garagem. De acordo com um estudo elaborado no Brasil pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pelo Sebrae, cerca 80% das empresas que têm expressão no mercado tiveram início nos chamados “fundos de quintal”. Mas como transformar as atividades comerciais realizadas dentro das residências, muitas vezes informais, em um grande negócio? O segredo está em um bom plano de negócios. É preciso nascer com previsão de crescer (leia mais na edição impressa deste domingo do Diario de Pernambuco).

A história da marca de moda praia Beijo de Lua começou com uma única máquina de costura. Em 1990, quando se mudou do Pará para o Recife, Miraci Ianino, 60 anos, decidiu fazer biquínis e saídas de banho por encomenda. “Eu tinha a experiência de alta costura no Pará. Quando cheguei aqui, eu percebi que, apesar de ser uma cidade litorânea, a moda praia era pouco explorada”, conta ela. A grande virada se deu quando participou de uma feira de moda. “Fui bem humilde, com um estande bem pequeno. Mas recebi tantas encomendas que eu percebi que estava na hora de crescer. Comprei máquinas de segunda mão e contratei mais três costureiras”, lembra a empresária.

Miraci chegou a ter uma confecção em Porta Larga, no município de Jaboatão dos Guararapes, que fabricava cerca de 6 mil peças por mês. Algumas delas eram até exportadas. Hoje, a produção foi terceirizada e a empresária decidiu focar-se no varejo. A marca tem duas lojas nos shoppings Guararapes e Plaza, que vendem uma média de 1,5 mil peças por mês. O próximo passo da Beijo de Lua é entrar para o comércio virtual. “Dentro de 50 dias, estará tudo pronto. Acho que as vendas devem crescer rapidamente. Pelo menos 20%, nos primeiros meses”, calcula a empresária.

Antes de se tornar uma franquia, a Kétura Cosméticos começou suas operações, há oito anos, na residência de Joselma Oliveira, 36 anos, em Abreu e Lima. “Eu costurava capas para cabeleireiros e vendia nos salões. Foi daí que tive a ideia de criar uma linha profissional para tratamento capilar. Eu e meu ex-marido Antoniel procuramos um fabricante de cosméticos local e eles passaram a produzir uma linha com a nossa marca, escolhida por sermos evangélicos. Kétura foi a segunda esposa de Abraão”, diz ela. 

A empresa começou vendendo para 15 salões de Abreu e Lima. Hoje está presente em onze estados e 25 mil salões. A expansão do negócio se deu quando a empresa foi formatada para se tornar franquia, há dois anos. Cada franqueado fica responsável por uma área de distribuição dos produtos. “Começamos a receber muitos pedidos de cabeleireiros de outros estados”, justifica ela. Até hoje, a garota-propaganda da Kétura continua sendo Joselma, que já pensa em incorporar a marca ao seu nome. “No começo, foi uma questão de falta de recursos para contratar modelos. Hoje, eu já não quero modelo porque sei que ela não vai me acompanhar nas feiras. Todo mundo pega no meu cabelo para sentir o resultado dos produtos”, relata ela. 

Qual o ponto em comum dessas empresas? “Em primeiro lugar, são empresas que identificaram um diferencial de mercado e prezaram pela qualidade do produto e do atendimento. Mas o crescimento só se deu porque aperfeiçoaram o modelo de gestão”, explica Valdir Cavalcanti, consultor do Sebrae-PE. Tudo começa com um plano de negócios. “Ninguém vai apostar na sua empresa, se é apenas uma ideia na cabeça. É preciso colocar no papel toda a trajetória que se espera para ela”, comenta.

Do: Pernambuco.com

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