Tumulto em complexo prisional do Recife deixa 2 mortos e 4 feridos.
Três presos que se feriram foram levados para o Hospital Otávio de Freitas.
Policial militar precisou de seis pontos após levar uma pedrada na testa.

O tumulto começou por volta das 8h, assim que foi aberto o horário de visitas. “No momento de divisão das três unidades [em janeiro], mudou a direção, e isso deixou algumas pessoas insatisfeitas. A organização é diferente, mais rígida, tem agora uma revista padrão”, explica o coronel Romero Ribeiro, secretário de Ressocialização.

a 'gaiola' (Foto: Reprodução/TV Globo)
“Foi um tumulto forte, mas não podemos chamar de rebelião porque o estado não chegou a perder o controle sobre a unidade. Agora está tudo sob controle, inclusive as visitas continuam”, explica o secretário. O Batalhão de Choque da Polícia MIlitar foi chamado, mas não chegou a entrar no local.
O corpo do segundo preso morto já passou pela perícia do Instituto de Criminalística e será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Segundo a perita Vanja Coêlho, do IC, o corpo tinha várias marcas de objeto perfuro-cortante. Os três presos que receberam atendimento médico no Hospital Otávio de Freitas foram atingidos por tiros. Dois deles feriram o braço direito, um de 22 anos e outro de 26. O outro, de 21, foi atingido na perna direita.
Em janeiro, o antigo presídio Aníbal Bruno foi dividido em três unidades com capacidade para 1.500 pessoas – atualmente há 5.300 vivendo lá. De acordo com a Secretaria de Ressocialização, 5.300 presos estão no Conjunto Prisional Aníbal Bruno, que tem capacidade para 1.500. Destas, 800 estão no presídio Frei Damião de Bozzano, 1000 no Agente Marcelo Francisco de Araújo e 3.500, no presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros, onde ocorreu o tumulto.

(Foto: Reprodução/TV Globo)
À tarde, a segurança foi reforçada com mais policiais militares com cães e equipes do Batalhão de choque. Encerradas as visitas, muitas mulheres com filhos pequenos permaneceram em frente ao presídio e protestaram. Elas atearam fogo a pedaços de árvore, lixo, fechando a Avenida Liberdade. Ninguém passava – foi a forma que encontraram de chamar a atenção da direção da unidade.
Fonte: G1/pe.
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