Raphael Guerra/DP/D.A Press
Foi preso no final da manhã desta quarta-feira (4), em Itamaracá, Litoral Norte de Pernambuco, o comerciante Paulo Félix de Moura, suspeito de ser o mandante da morte do guardião do Forte Orange, José Amaro de Souza Filho, de 60 anos. Ex-detento, Amaro fazia voluntariamente a vigilância do forte desde década de 80 e foi assassinado em 29 de novembro de 2010.
A polícia chegou até Paulo graças a uma denúncia. De acordo com a polícia, Paulo ainda matou Renato Vieira da Silva, apontado como executor da morte de Amaro, como queima de arquivo. A ossada de Renato foi encontrada numa mata de difícil acesso, nas proximidades da casa de Paulo, na comunidade da Lagoa Azul, com uma marca de bala no crânio.
Conhecido como Charneca, Renato estava desaparecido havia cerca de dois meses, quando suspeitas sobre o crime começaram a recair sobre ele. De acordo com a família da vítima, que foi ao local e reconheceu a roupa que ele usava no dia do desaparecimento, Renato havia sido visto pela última vez, subindo na caminhonete de Paulo, onde estavam diversas ferramentas de escavação.
A exumação do corpo de Renato Vieira será feita esta tarde. Paulo Félix foi detido em flagrante por posse de arma e será indiciado por homicídio e ocultação de cadáver.
Crime - José Amaro de Souza Filho, de 60 anos, estava dirigindo uma caminhonete, por volta das 18h, do dia 29 de novembro, quando foi alvejado por tiros. Desde que o Forte Orange foi fechado à visitação, em outubro de 2010, José Amaro se dedicava a uma criação de codornas, próxima ao local onde ele foi assassinado. Segundo a família de Amaro, ele estava tentando melhorar sua condição financeira com o empreendimento. "Ele só estava trabalhando. Eu tenho certeza que esse crime tem relação com o novo negócio", contou, na época, a esposa Gilsinele Silva Souza.
Memória - Zé Amaro foi morar no Forte Orange em 1980. Após conseguir uma autorização do Exército para se instalar no local, ele começou o trabalho de recuperação da antiga fortificação. Além de cuidar da limpeza e capinação do prédio, o artista se encarregou de reformar a construção e ainda garantiu que o local não fosse mais alvo de vândalos, usuário de drogas e bandidos.
Entre um conserto e outro, Zé Amaro fazia esculturas, vendidas na Lojinha do Forte. De 1980 e 1993, o pequeno comércio funcionou para sustentar o Forte. Já em 1991, o artista criou a Fundação Forte Orange, com o objetivo de manter e preservar a fortificação.
Mais tarde, em 1994, graças ao artista, Itamaracá ganhou o seu primeiro museu, inaugurado pelo então Embaixador da Holanda Hendrix Van Oordt.
Entre um conserto e outro, Zé Amaro fazia esculturas, vendidas na Lojinha do Forte. De 1980 e 1993, o pequeno comércio funcionou para sustentar o Forte. Já em 1991, o artista criou a Fundação Forte Orange, com o objetivo de manter e preservar a fortificação.
Mais tarde, em 1994, graças ao artista, Itamaracá ganhou o seu primeiro museu, inaugurado pelo então Embaixador da Holanda Hendrix Van Oordt.
Fonte: Pernambuco.com/g1-pe.
Assista vídeo da tv jornal sobre o caso.
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