segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Polícia investiga denúncia de estupro em Porto de Galinhas, Litoral de PE

Instrutor de mergulho teria desamarrado biquíni e tocado em seio de cliente.
Fotos encontradas em computador da empresa aumentam suspeitas.

polícia de Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, instaurou um inquérito para apurar um suposto estupro praticado por um instrutor de mergulho. Na quinta-feira (22), uma estudante universitária registrou um boletim de ocorrência na delegacia do município, onde denuncia que o mergulhador teria desamarrado o laço da parte de cima do biquíni e tocado no seio dela, durante passeio nas piscinas naturais, o ponto turístico mais procurado da praia.

A jovem de 19 anos mora no Recife, mas está de férias na casa da mãe, em Maracaípe, praia vizinha a Porto de Galinhas. Segundo a estudante, ela ganhou o mergulho de presente de um amigo na quarta (21), à noite. Na manhã seguinte, foi à agência para fazer o passeio. "Eu fui em uma jangada para as piscinas naturais, acompanhada de um casal, mas fiz o mergulho só com o instrutor. Já no final, eu senti que ele puxando o fio do meu biquíni. Achei até que ele estava ajeitando o equipamento. Depois, ele passou a mão no meu peito. Fiz o sinal para subir e fui embora", contou.

A jovem falou, ainda, que foi alertanda pelo amigo sobre o perigo. "Ele disse que era melhor eu fazer em Maragogi, que era mais seguro, porque já tinha ouvido falar que os instrutores daquela agência não eram de confianca, mas eu disse que sabia me defender. Nunca achei que fosse mesmo acontecer. Estava tão empolgada para fazer [o mergulho]."

A mãe da vítima é dona de um camping e uma escola de surf em Maracaípe e disse que também já ouviu relatos semelhantes de clientes. "Se você perguntar por aqui todo mundo sabe de alguma história parecida. De repente, agora, mulheres que acharam que tivesse sido um acidente vão saber que não foi por acaso e podem ir à delegacia fazer a denúncia", comentou.

De acordo com delegado responsável pelo caso, Paulo Rameh, um inquérito foi instaurado por portaria, a vítima já foi ouvida e o instrutor e o proprietário da operadora de mergulho serão intimados a prestar depoimento. "Como eu não tinha provas para prendê-lo [o instrutor] em flagrante, a gente decidiu fazer uma investigação. Trabalho há oito meses em Porto e, nesse tempo, não chegou nenhum caso igual a esse", disse.
O computador de empresa também foi apreendido. "Nós encontramos 12 fotos tiradas embaixo d'água de partes íntimas de uma mulher, que não é esta jovem que veio fazer a denúncia. Não acho que foi algo consentido por ela, pois não sai o rosto, apenas closes indiscretos. A perícia no computador vai ser fundamental para a confirmação de algum crime", explicou o delegado. Paulo Rameh lembra que, de acordo com a nova legislação criminal, qualquer ato libidinoso é considerado estupro.
Fonte: G1/pe.

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